Estudo da função da tuba de eustáquio em pacientes com retrações da membrana timpânica e em indivíduos normais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Canali, Inesângela
Orientador(a): Costa, Sady Selaimen da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/79581
Resumo: Introdução: O diagnóstico das disfunções da tuba auditiva é essencial para o melhor entendimento da patogênese da otite média crônica. Estão descritos, na literatura, uma série de testes que avaliam a função tubária, entretanto, entre eles, há uma diversidade metodológica que varia desde os protocolos de aplicação até a padronização dos testes e seus resultados. Objetivo: Avaliar a variação da pressão na orelha média em pacientes com retração da membrana timpânica e em indivíduos normais, durante a realização dos testes de função tubária, bem como avaliar a variação intraindividual desses testes. Este estudo também tem por objetivo avaliar o número de movimentações da membrana timpânica na orelha contralateral, durante a realização dos testes. Métodos: Estudo observacional do tipo transversal e contemporâneo, onde o fator em estudo foi a variação de pressão na orelha média, durante a realização dos testes de função tubária (Manobra de Valsalva, Sniff Test, Manobra de Toynbee) em indivíduos normais e em pacientes com retrações timpânicas leves e moderadas/severas. Foram incluídos 38 pacientes, totalizando 76 orelhas. Os pacientes foram submetidos, em dois momentos diferentes, aos testes de função tubária para determinar a medida da pressão após cada manobra. Durante a realização dos testes, videotoscopia era realizada concomitantemente na outra orelha, a fim de se observar a movimentação da membrana timpânica. A análise estatística foi realizada por meio do programa SPSS versão 18.0, em que foram considerados como estatisticamente significativos os valores de p< 0,05. Resultados: A média ± desvio-padrão da idade foi de 11 ± 2,72 anos; 55,3% dos pacientes foram do sexo masculino e 44,7% do sexo feminino. A prevalência de curva A foi maior nos grupos de orelhas normais e retrações leves, enquanto que de curva C foi maior no grupo de retrações moderadas/severas. Observamos aumento das pressões na orelha média durante a realização da Manobra de Valsalva no primeiro momento de avaliação nos três grupos de orelhas (p= 0,012). A variação da pressão não foi significativa nem para o Sniff Test, nem para o Toynbee nos dois momentos de avaliação (p≥0,05). A concordância das medidas nos dois diferentes momentos foi de fraca a moderada para os testes nos três grupos de orelhas, e as variâncias da discrepância entre as medidas foram maiores nas orelhas com retrações moderadas/severas. Apesar de não ter atingido significância estatística, o número de movimentações da membrana timpânica foi maior durante a manobra de Valsalva nos três grupos de orelhas. Conclusão: Na população estudada, a média das pressões na cavidade timpânica apresentou uma variação significativa somente durante a Manobra de Valsalva, no primeiro momento de avaliação, nos três grupos de orelhas. As orelhas normais e as com retração leve se comportaram de forma semelhante entre si em todos os testes. As manobras utilizadas apresentaram uma variação intraindividual de fraca a moderada, sendo que maior variação ocorreu em orelhas com retrações moderadas/severas. O número de movimentações da membrana timpânica foi maior durante a manobra de Valsalva nos três grupos de orelhas.