Determinação da variabilidade genotípica entre isolados de Microsporum canis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Costa, Fernanda Vieira Amorim da
Orientador(a): Ferreiro, Laerte
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/31757
Resumo: Microsporum canis é um dermatófito zoofílico e o fungo mais frequentemente isolado de cães e gatos, de crianças com tinea capitis e de adultos com tinea corporis. Ainda não se conhece as possíveis variáveis envolvidas no estabelecimento de infecções clínicas ou subclínicas em cães e gatos, assim como os fatores envolvidos na transmissão de M. canis para os seres humanos. Diversas técnicas de biologia molecular falharam em demonstrar variabilidade genética entre diferentes linhagens de M. canis, porém, estudos recentes indicam que a utilização de primers mais discriminatórios, como os marcadores microsatélites, possibilite a detecção de diferentes genótipos de M. canis. Os objetivos deste trabalho de pesquisa foram: identificar e comparar o genótipo de M. canis isolados de cães e gatos sintomáticos e assintomáticos e de seres humanos utilizando marcadores microssatélites e investigar uma possível correlação entre as características genotípicas e dados epidemiológicos de M. canis isolados de cães, gatos e seres humanos. Foram incluídos no estudo isolados de 102 cães e gatos sintomáticos e assintomáticos e de pacientes humanos com tinea nos quais se isolou o M. canis durante os anos de 2006 a 2010. Essas amostras foram provenientes de Curitiba, Porto Alegre, Florianópolis e Cuiabá. Dentre elas, 37 eram de gatos sintomáticos, 35 de gatos assintomáticos, 19 de pacientes humanos sintomáticos, 9 de cães assintomáticos e 2 de cães sintomáticos. A amplificação da região de microsatélites do DNA foi realizada utilizando dois primers, McGT13 e McGT17, a qual possibilitou a formação de grupos de acordo com o grau de similaridade genética baseada no número de repetições nessas duas regiões do DNA do M. canis. Os loci Mc(GT)13 e Mc(GT)17 revelaram 3 e 6 alelos, variando de 2 e 5 repetições de dinucleotídeos dentro de cada locus, respectivamente. Dos 14 genótipos e 5 grandes grupos formados após análise da árvore filogenética gerada pelo método Dc, 1 foi compartilhado por 26 isolados, outro por 21, um por 12 isolados e outros dois com 11 isolados cada um. Outros dois pequenos grupos foram formados com 7 e 5 isolados cada. Os marcadores microssatélites possibilitaram a identificação, o estudo filogenético e a comparação dos isolados de M. canis oriundos de gatos, cães e pacientes humanos incluídos no estudo. Apesar da formação de grupos geneticamente relacionados, não houve correlação entre as linhagens e os dados epidemiológicos analisados entre as isolados, incluindo fonte, sintomatologia, quadro clínico, raça, idade, sexo, moradia e localização geográfica.