Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Stolz, José Francisco Bonini |
Orientador(a): |
Freitas, Thales Renato Ochotorena de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/90487
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Resumo: |
Existem atualmente oito espécies de tuco-tucos, roedores subterrâneos do gênero Ctenomys descritas para o Brasil. Quatro delas, que habitam a região sul, são bem conhecidas e estudadas: C. flamarioni, C. minutus, C. lami e C. torquatus. As outras: C. brasiliensis, C. nattereri, C. rondoni e C. bicolor, que habitam a região noroeste possuem como conhecimento científico apenas a descrição de cada uma delas. Pouco ou nenhum material testemunho de suas descrições e um abandono por parte da ciência em uma lacuna de tempo de mais de cem anos sem que seu status taxonômico, evolutivo ou qualquer tipo de conhecimento tenha sido pesquisado levaram ao questionamento destas entidades como espécies válidas. Sabendo da existência de populações de tuco-tucos habitando os estados de Mato-Grosso e Rondônia, foram realizadas expedições de levantamento e coleta de dados objetivando abranger a distribuição noroeste brasileira do gênero Ctenomys tratando de elucidar as questões evolutivas e taxonômicas existentes. Foram coletados cinquenta indivíduos em cinco populações distintas e analisados quanto ao cariótipo, através de análises moleculares utilizando o DNA mitocondrial, quanto a morfologia externa e a morfometria geométrica craniana dos espécimes encontrados. Com base nos resultados obtidos este trabalho eleva novamente ao nível de espécie C. nattereri, que havia sido sinonimizado a C. boliviensis por falta de trabalhos mais consistentes de comparação entre as duas espécies. Também redescobrimos e validamos como espécie C. bicolor, a espécie que habita mais ao norte dentre as 60 espécies conhecidas do gênero. Propõesse a descrição de uma nova espécie, C. amazonicus, habitando o interior da floresta amazônica na sua porção leste, o que é uma novidade para o gênero, que habitualmente ocupa áreas de vegetação aberta. O presente trabalho aduda a resolver questões importantes ao entendimento de parte da biodiversidade brasileira, que só pode ser realizado com o uso de diferentes abordagens, que permitiram um parecer irrevogável da situação destas entidades biológicas e traz a luz do conhecimento científico um novo grupo de espécies que possui características evolutivas únicas. |