Doença de Huntington : variante no gene do sistema de reparo do DNA como possível modificador da idade de início

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Souza, Amanda de
Orientador(a): Pereira, Maria Luiza Saraiva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/239509
Resumo: A doença de Huntington (DH) é um distúrbio neurodegenerativo raro de início tardio, de herança autossômica dominante, cujos sintomas incluem perda da coordenação motora, alterações psiquiátricas e demência progressiva. A DH é causada por uma expansão do trinucleotídeo CAG no éxon 1 do gene HTT. A determinação da idade de início dos sintomas é parcialmente associada ao número de repetições CAG, sendo o restante associado a fatores genéticos e ambientais. Dentre os fatores que podem influenciar a idade de início da doença, o alelo C da variante rs3512, localizada no gene FAN1, foi associado com um atraso de 1,2 a 1,5 anos na idade de início esperada da doença conforme o tamanho da expansão CAG em um estudo europeu. Baseado nessas informações, o objetivo deste trabalho foi identificar a variante rs3512 em um grupo de pacientes com DH e avaliar a possível influência na idade de início desses pacientes. Na população em estudo, 57 pacientes foram avaliados e o número de repetições CAG no alelo mutante do gene HTT foi responsável por 56,1% da variação da idade de início (p<0,001). A distribuição das frequências alélicas (p=0,645) e genotípicas (p=0,491) foram estabelecidas no grupo de pacientes com DH e comparadas com os controles. No grupo de pacientes, a frequência do alelo C foi de 18,4% e, no grupo controle foi de 22,0%. O alelo G apresentou uma frequência de 81,6% no grupo de pacientes e de 78,0% no grupo controle. A distribuição das frequências genotípicas foi de 5,2% e 6,0% de homozigotos para o alelo C, 26,3% e 32,0% de heterozigotos e 68,4% e 62,0% de homozigotos para o alelo G nos grupos de pacientes com DH e controles locais, respectivamente. Esses dados foram comparados a bancos de dados internacionais e, encontram-se dentro do esperado, baseado em nossa composição populacional. Dentro da população estudada, a associação entre o alelo C da variante rs3512, com um atraso na manifestação dos primeiros sintomas (p=0,643) dos pacientes, não foi replicada. A falha nesta replicação pode ser atribuída à heterogeneidade genética entre as populações e ao pequeno tamanho amostral. Sendo assim, mais estudos devem ser realizados, estendendo a análise para outras regiões do genoma em um número amostral maior e com histórico étnico semelhante.