Desligamento espontâneo em organizações públicas de saúde na perspectiva do indivíduo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Borges, Auryane Santos
Orientador(a): Scheffer, Angela Beatriz Busato
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/212240
Resumo: O desligamento é a etapa que finaliza o vínculo profissional do trabalhador a uma organização. Diferentemente da demissão, que pressupõe remover o indivíduo de seu emprego remunerado contra a sua vontade, o desligamento espontâneo faz referência à finalização de uma etapa dentro da organização que surge por iniciativa do indivíduo. O emprego público, em especial nos dias atuais, é bastante almejado por conta da estabilidade e salários acima da média de mercado. Contudo, tais atrativos nem sempre são suficientes para garantir a satisfação e permanência das pessoas na organização. Os motivos que levam ao desligamento espontâneo em organizações públicas podem ser distintos, mas é possível perceber certas afinidades quando ouvimos as histórias dos profissionais. Na área da saúde, mais especificamente, os motivos tendem a se aproximar. Neste sentido, é importante que as organizações públicas de saúde conheçam e analisem estes motivos, utilizem os dados para agir de modo estratégico por meio da área de Gestão de Pessoas. Esta dissertação teve como objetivo compreender de que modo o desligamento espontâneo do emprego público surge como alternativa na perspectiva de carreira do indivíduo da área da saúde. Para subsidiá-la, realizou-se uma pesquisa de abordagem qualitativa tendo como caminho metodológico a Entrevista em Profundidade. Foram entrevistadas 21 pessoas que se desligaram espontaneamente de organizações públicas de saúde. Dentre os principais motivos, identificou-se a falta de perspectiva para o crescimento profissional; insatisfação e/ou sofrimento no trabalho; influência familiar e a mudança na carreira. Foi identificado também que os dilemas do burocrata proteano de Silva et al. (2014) são muito perceptíveis, estando atrelados a uma vontade de mudar, de conhecer novos processos e mesmo de novos desafios profissionais. Contudo, impulsionados pelos motivos acima mencionados, o desligamento espontâneo ainda é tido como a última alternativa para os que se enquadram neste perfil. Por vezes, o desligamento busca apenas uma mudança de organização. Em outros casos, a mudança de setor ou na carreira com retorno para os bancos universitários.