Expressões do(s) feminismo(s) : discussões do público com a youtuber Jout Jout

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Fonseca, Paula Coruja da
Orientador(a): Jacks, Nilda Aparecida
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/158674
Resumo: O objetivo dessa dissertação é compreender que aspectos dos feminismos (entendendo o feminismo a partir da pluralidade de correntes que o caracteriza) são debatidos pela youtuber Jout Jout e ressignificados nas manifestações do público na caixa de comentários. Para tanto, mapeamos algumas das práticas da youtuber, principalmente com relação ao “fazer” dos vlogs, um formato de conteúdo gerado por usuário que pode ser considerado um gênero no YouTube. Além disso, mapeamos práticas do público a partir da caixa de comentários para, assim, evidenciar esses sentidos sobre os feminismos que aparecem relacionados ao canal JoutJout Prazer. Nosso quadro teórico traz discussões entre estudos culturais, estudos de recepção e cibercultura para abordar o YouTube, como site de rede social e ambiente dialógico, e a convergência. Também abordamos os principais momentos do desenvolvimento do feminismo para compreender melhor de que forma está emergindo hoje, com uma lógica comunicacional, em canais do YouTube. Para tanto, adotamos a etnografia virtual como aporte metodológico para nos aproximarmos do objeto, nos amparando nos seguintes procedimentos: observação de interações, coleta e análise de dados qualitativos com uso de tecnologias informacionais (software NVivo) e análise de conteúdo qualitativa. Entre os resultados, apontamos práticas de Jout Jout, que envolvem o “fazer” do vlog, como o uso de espaços semi-privados da casa, a edição para dar ritmo à fala, o uso de recursos didáticos e a própria experiência pontuando a abordagem dos temas. Entre as práticas do público, destacamos o uso de jargões, a execução de maratonas e a representação do riso. Além disso, partimos dos perfis do público para mostrar os sentidos que envolvem o feminismo, de Adoradores a Haters. Evidenciamos que há um pensamento difuso em relação ao feminismo na manifestação desse público, pontuado, principalmente, pela falta de articulação e coerência em relação às teorias, correntes e movimentos feministas.