Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Lauxen Neto, Guilherme Franklin |
Orientador(a): |
Duarte, Cláudia Glavam |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/272086
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Resumo: |
Esta dissertação é fruto de uma caminhada investigativa que se propôs a problematizar enunciações de professores de matemática sobre a incessante necessidade de fazer algo diferente no exercício da docência. Procurou-se assim, nessa trajetória, responder às indagações: Que discursos contemporâneos sustentam o movimento do docente de matemática que busca sempre fazer algo diferente no exercício da docência? Que relações guardam com o neoliberalismo? Para abordar essas questões, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com quatro professores de matemática, provenientes de duas instituições de ensino em Novo Hamburgo, região metropolitana de Porto Alegre/RS. Os fundamentos teóricos que deram base a esta pesquisa incluíram as contribuições de estudiosos como Michel Foucault, Suely Rolnik, Byung-Chul Han, Pierre Dardot e Christian Laval, entre outros. A análise do material empírico foi guiada pela perspectiva da análise de discurso foucaultiana. Ao percorrer os caminhos de análise, procurou-se vislumbrar a paisagem de tal maneira a destacar as aproximações e recorrências, assim como os distanciamentos e singularidades nas enunciações. Assim, realizou-se o agrupamento de enunciações em densidades analíticas, sendo elas: os diferentes sentidos atribuídos ao “fazer diferente”, a motivação e automotivação como disparador do movimento de “fazer diferente” e as consequências decorrentes desse movimento: o cansaço do docente. Observou-se que as enunciações apresentam reverberações de uma lógica neoliberal e que o conceito de “fazer diferente” muitas vezes é associado com inovação. Também se observou que esses enunciados podem ser entendidos como disruptivos, pois rompem com abordagens de ensino já consolidadas. Compreendeu-se esse rompimento com as práticas educacionais como um dos resultados da subjetivação das docentes por uma lógica neoliberal e uma lógica de fluidez que tem a instantaneidade e o curto prazo como características necessárias para atender as demandas atuais do mercado. Foi possível notar que a ideia do movimento de “fazer diferente” manifestada nas falas das docentes é impulsionada pela busca de motivação dos estudantes, ou seja, a motivação serve como um dos disparadores desse movimento e, como consequência desse processo, tem-se a motivação do docente. Percebeu-se também que a busca pelo “fazer diferente” pela busca de motivação e automotivação pode ser cansativa. Conclui-se, portanto, que é crucial permitir pausas, resgatar momentos de ócio, praticar a negação e cultivar a atenção plena. Essas pausas são estratégicas para equilibrar o ritmo frenético de mudanças sem, no entanto, sucumbir à inércia ou à ausência de movimento. Esses momentos de pausa permitem um olhar mais atento, contemplativo e aguçado sobre as estratégias já implementadas, que podem ter se mostrado eficazes em determinados momentos. |