Vulnerabilidade das áreas sob ameaça de desastres naturais na cidade de Santa Maria/RS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Avila, Luciele Oliveira de
Orientador(a): Robaina, Luis Eduardo de Souza
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/134683
Resumo: A presente tese aborda a temática da vulnerabilidade da população frente às situações de ameaça e risco. A pesquisa realizou-se junto ao perímetro urbano da cidade de Santa Maria na região central do Rio Grande do Sul. A vulnerabilidade foi avaliada com relação aos fenômenos desencadeados pelas dinâmicas fluvial e de encosta, mais especificamente, movimentos de massa, inundações e erosão de margens. O objetivo principal do trabalho consiste na análise de variáveis determinantes para os graus de vulnerabilidade da população que reside em áreas sob ameaça de desastres naturais. A metodologia resume-se na análise de imagens DigitalGlobe obtidas via Google Earth Pro (2012) para a determinação das áreas urbanas ocupadas e susceptíveis aos fenômenos causadores de desastre junto às encostas e à rede de drenagem; para a obtenção dos graus de vulnerabilidade foi utilizada a base de informações referente aos Setores Censitários (IBGE, 2010): rendimento mensal, taxa de idosos e crianças, taxa de analfabetismo, à esses dados foram acrescidos o número de residências e o padrão urbano construtivo das moradias por área sob ameaça. A correlação das variáveis determinou quatro graus de vulnerabilidade: Grau I (Baixo), Grau II (Médio), Grau III (Alto) e Grau IV (Muito Alto). Verifica-se áreas sob ameaça nos patamares mais elevados das encostas, no entanto, existem situações perigosas em patamares com memores inclinações, devido, principalmente, às alterações realizadas nos taludes para a edificação das moradias. Quanto aos processos de dinâmica fluvial, a ameaça refere-se às inundações e à erosão de margens. A ocupação expandiu-se ao longo das planícies de inundação de inúmeros cursos fluviais ao longo do perímetro urbano, sendo, portanto, praticamente inevitáveis os episódios desta natureza. A erosão das margens fluviais são sentidas quase que exclusivamente pelos moradores que edificaram suas residências junto aos terrenos marginais, com distância aproximada de 5 metros do leito. A população mais vulnerável é aquela que apresenta situação socioeconômica menos favorecida, com idade superior à 65 e inferior à 15 anos de idade, com taxa elevada de analfabetismo e ausência de serviços urbanos básicos. Apesar da existência de leis e projetos relacionados à problemática dos desastres, o gerenciamento das áreas sob ameaça é ineficiente, favorecendo o surgimento de inúmeras situações perigosas.