A terra, o homem e a luta : o neorregionalismo em romances de Antônio Torres e Ronaldo Correia de Brito

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Pinto, Nathalia
Orientador(a): Gomes, Gínia Maria de Oliveira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/233258
Resumo: Regionalismo é o nome dado a um grande conjunto de discursos que, pela via da cultura, historicamente formulam um arcabouço de símbolos que passam a definir e representar um dado espaço geográfico, bem como o povo que habita esse território e suas práticas de vivência, no imaginário coletivo. Desde o século XIX, essa abordagem tem sido responsável pela elaboração discursiva de diferentes espaços nacionais e, no caso da região Nordeste, a própria instituição desse recorte territorial é diretamente tributária do discurso literário. Com a modernidade e a forte tendência à urbanização que se verificou e se consolidou ao longo do século XX, muitos críticos sentenciaram o gênero à extinção. Entretanto, em um movimento dinâmico constante de atualização, o regionalismo nordestino ressurge na literatura contemporânea. Romances como Essa terra, O cachorro e o lobo e Pelo fundo da agulha, que formam trilogia de Antônio Torres, e Galileia e Dora sem véu, de Ronaldo Correia de Brito, revelam as novas configurações e temas que são representados pela ficção contemporânea que têm o interior nordestino como cenário e seus habitantes como personagens. Nessas narrativas, categorias tradicionalmente estabelecidas pelo regionalismo literário, como o sertão, os sertanejos e suas trajetórias de atuação social, notadamente a migração, fenômeno configurador da moderna sociedade brasileira, são representados em um movimento narrativo que, ora retoma esses temas em diálogo com a tradição literária que os consolidou, ora os atualiza através de uma atitude de ruptura. Para a análise, são retomadas as categorias fundamentais que orientaram a formulação do sertão empreendida por Euclides da Cunha, “A terra”, “O homem” e “A Luta” em obra basilar para o regionalismo nordestino, Os sertões.