Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
NAZARÉ, Manuella Mirna Enéas de |
Orientador(a): |
HOLANDA, Lourival |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Letras
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/24975
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Resumo: |
No século XX, costumou-se ligar o conceito de regional à ideia de homogeneidade, na qual eram cultivados mitos de origem, espaços de saudade, crendices, tradições, identidades estereotipadas. No entanto, a sociedade se modificou muito neste século e a literatura acompanhou esse processo, ainda que sem tanta notoriedade em seu diálogo com o regional. Atentos, igualmente, à mudança do conceito e à carência de estudos recentes sobre ele, buscamos, com esta pesquisa, aprofundar os estudos em torno da manifestação de uma das tendências da literatura contemporânea, a regional, a partir de duas obras do escritor Ronaldo Correia de Brito, Galiléia (2008) e Livro dos Homens (2005). Elas nos descortinam características da figuração do regional nas demandas da contemporaneidade, mostrando-nos que questões ligadas ao regional dos séculos XIX e XX foram redimensionadas, atualizadas, repensadas e até mesmo rechaçadas diante das multiplicidades desta Era. É o caso, destacadamente, do entendimento sobre o espaço, da passagem do tempo, do estado do ser humano. E, embora a estrutura da narrativa não seja tão diferente das do século passado, o indivíduo que narra e a aura do que é narrado demonstram as fragmentações do ser humano contemporâneo e de sua organização social. Nosso trabalho é iniciado com a discussão de conceitos e pensamentos em torno da contemporaneidade e de sua literatura, com enfoque final sobre a tendência regional. Isso para contextualizar a sociedade e a literatura em que se inserem as obras do corpus analisado, o que constitui o capítulo seguinte. Nele nos permitimos pensar temáticas que ainda são novidades no tratamento do regional, buscando delinear essa instância no contemporâneo, despojados de limites conceituais e parâmetros de leitura e tradição. No último capítulo, perseguimos o conceito de regional, tanto enquanto acessório para homogeneizar identidades e memórias de um povo, como enquanto figuração subjetiva que toma novo corpo e novo apelo no contemporâneo. Assim, arrematamos o tema do regional iniciado no primeiro capítulo, e aprofundamos teoricamente o que analisamos criticamente nas obras, na busca de entender a existência e o uso de regional nas urgências do século XXI. |