Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Longaray, Maurício Portal |
Orientador(a): |
Brum, Ilma Simoni |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/201566
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Resumo: |
O dano a cartilagem articular é um grande desafio para médicos e todos os demais profissionais envolvidos no atendimento a saúde, bem como a todos os pacientes. Diversos fatores estão relacionados a lesão condral. Essas lesões podem se manifestar com dor, incapacidade funcional, edema ou derrames articulares, frequentemente o afastamento de atividades laborais ou atividades do cotidiano, e quando inadequadamente tratadas ou ao longo da evolução natural da doença , contribuem para perda significativa da qualidade de vida. Os tratamentos cirúrgicos mais utilizados na prática médica como o debridamento articular, a microfratura ou até mesmo o implante autólogo de condrócitos são ainda insuficientes para reparo e manutenção da capacidade tecidual existente antes da lesão. Nas pesquisas clínico-cirúrgicas de cartilage, os modelos experimentais mais utilizados são as culturas de células e tecidos (pesquisa in vitro) e os utilização de modelo animal (pesquisa in vivo) , ambas utilizadas neste trabalho. O objetivo deste trabalho foi avaliar três tratamentos para lesão condral troclear completa nos joelhos de coelhos quanto a sua capacidade de restauração utilizando-se as escalas de avaliacões da ICRS (International Cartilage Repair Society) para animais quanto aos aspectos macroscópicos e histológicos, após 8 e 16 semanas de seguimento, e também avaliar as diferenças de reparo nos individuos pertecentes a um mesmo grupo de tratamento, apenas diferenciado-os pelo tempo de observação. Foram utilizados um total de 30 coelhos Nova Zelândia , machos, adultos, com idade acima de 7 meses, submetidos a lesões cirúrgicas circunferenciais na tróclea femural do joelho de 4 mm de diâmetro por 4 mm de profundidade , bilateralmente. Todos coelhos foram distribuídos entre os 3 grupos tratamentos e o grupo controle. Os grupos tratamentos foram compostos da seguimente forma : Grupo A, com 7 coelhos que tiveram suas lesões preenchidas com células-tronco mesenquimais (CTMs) derivadas de placenta humana ; Grupo B, com 7 coelhos que tiveram suas lesōes preenchidas com hidrogel de colágeno tipo II; Grupo C com 7 coelhos, preenchido com condroblastos, que foram obtidos após aplicação de protocolo de diferenciação, a partir das células-tronco mesenquimais derivadas de placenta humana. O Grupo D com 9 coelhos, sem preenchimento algum, formou o controle. O reparo tecidual obtidas na área de lesão troclear dos animais dos quatro grupos foram avaliadas após 8 e 16 semanas de acompanhamento. Para avaliação morfológica grosseira (macroscópica) foram observados os seguintes apectos: o grau de reparo do defeito, a integração à zona das bordas e aparência macroscópica. Para avaliação histológica visual (microscópica) foram observados os seguintes aspectos: continuidade de superfície, predomínio de matriz, distribuição de células, viabilidade de população celular, remodelamento do osso subcondral, mineralização da cartilagem calcificada. Após transcorridos 16 semanas, a melhora observada no escore global macroscópico, integridade à zona de bordas e aparência macroscópica do grupo A (CTMs) comparativamente ao grupo D (controle) foi estatisticamente significativa, obtendo-se um de p=0,004, p=0,020 e p= 0,006, respectivamente. A microscopia, não observamos melhora histológica dos aspectos analisados entre os tratamentos e o grupo controle. Internamente nos grupos , sob a variável temporal 8 e 16 semanas, foi observado no grupo mesenquimal, uma melhora microscópica no escore total (p=0,004), continuidade de superfície (p=0,015), predomínio de matriz (p=0,002), remodelamento do osso subcondral (p=0,015) mineralização da cartilagem calcificada (p=0,015), o que nos mostra um efeito parácrino importante, tempo-dependente até 16 semanas, o que não foi observado nos demais grupos, nos mesmos intervalos. Concluimos que o tratamento com células mesenquimais apresenta uma melhora macroscópica significativa e que os demais tratamentos são satisfatórios no reparo. |