Vozes no silêncio : homicídios de jovens negros em Porto Alegre e sofrimento das que ficam

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Teixeira, Andressa das Neves
Orientador(a): Mello, Luciana Garcia de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Palavras-chave em Espanhol:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/201476
Resumo: Esta dissertação trata sobre experiências de mulheres negras familiares – as que ficam - de jovens negros (15 a 29 anos) vítimas de homicídio em Porto Alegre. Partindo da ideia de que não são fatos pontuais, tais homicídios são aqui interpretados como uma expressão da necropolítica e como eventos críticos capazes de gerar um tipo de sofrimento que rompe com o âmbito privado: o sofrimento social. Objetiva-se nesta produção analisar as expressões de sofrimento social apresentadas por estas mulheres a partir da perda de um jovem negro, buscando também identificar as formas como reagiram frente à perda e como conseguiram dar seguimento às suas vidas. Para tanto, considera-se relatos de sete mulheres negras sobre homicídios de jovens negros ocorridos em Porto Alegre. Suas falas foram registradas em diário de campo e em áudio (posteriormente transcrito literalmente) e delas foi realizada uma análise vinculada ao campo da análise de conteúdo. A partir desta análise, percebeu-se quatro categorias sobressalentes: 1) expressões do sofrimento: como medo e adoecimento; 2) formas como reabitaram o cotidiano: na qual apareceu a importância de apoio como o da família; 3) conhecimento venenoso (aquele adquirido com o sofrimento): na qual apareceram as estratégias adotadas para resguardarem a si mesmas e as suas famílias; e 4) suas percepções sobre o Estado: na qual falam de suas interações com instituições do estado.