Intersubjetividade das relações : análise das representações das diferenças

• Ano de defesa: 1999
• Autor(a) principal: Rodriguez, Rita de Cassia Morem Cossio
• Orientador(a): Folberg, Maria Nestrovsky
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Psicopedagogia : Subjetividade : Portador de deficiencia
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/256191

O objetivo fundamental deste trabalho foi analisar as representações das diferenças, os processos imbricados no aprender/não-aprender e as propostas de inclusão, buscada refletir sobre o papel do psicopedagogo na constituição de subjetividades, a fim de buscar outros espaços profissionais. Propus pensar os sujeitos e as instituições que promovem o entrelaçamento dos discursos, em suas representações, com suas fraturas e contradições, na perspectiva de uma atuação psicopedagógica capaz de se perceber neste momento de ruptura de paradigmas, emergindo daí as reflexões sobre a educação, a inclusão de portadores de necessidades especiais no ensino regular e a utopia da escola inclusiva. A pesquisa foi qualitativa, na forma de estudo de caso, buscando a compreensão do contexto e das singularidades. Foram selecionadas três escolas, de diferentes sistemas de ensino, com projetos político-pedagógicos diferenciados e perspectivas de inclusão peculiares: uma que mantém o suporte da classe especial, outra que não mantém suporte algum e outra, ainda, que possibilita a inclusão de portadores de necessidades especiais no ensino regular. Para cada escola foi construída uma proposta de intervenção psicopedagógica, aliada à realidade local e às expectativas manifestadas. Como amostra, selecionou-se: Na escola A, todo o contexto escolar; na escola B, uma criança encaminhada para atendimento e na escola C, quatro crianças portadoras de deficiências incluídas na sala regular. A coleta de dados realizou-se através de observação e análise, entrevistas semi-estruturadas, acompanhamento em reuniões, sessões individuais e coletivas, acompanhamento sistemático em sala (quando foi possível) e propostas de intervenção específicas. A análise foi desenvolvida através da "técnica de análise de conteúdo", que partiu da compreensão do começo, das práticas e dos discursos, em suas manifestações e entrelinhas. O aprofundamento dos casos se deu numa leitura hermenêutica, buscando-se na psicanálise e nas perspectivas interacionistas, os recursos teóricos de fundamentação. A Psicopedagogia, como espaço profissional de ruptura, colocou-se como possível, assim como a busca pela inclusão, desde que perpassados pela ética e pela utopia que pressupõe a aceitação da diferença, o respeito pela singularidade, como exemplos da pluralidade e diversidade humanas, onde a convivência traduz o desato da vida.