Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Lima, Valeska Alessandra de |
Orientador(a): |
Almeida, Dóris Bittencourt |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/149105
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Resumo: |
Este é um estudo que tematiza memórias relativas a práticas educativas desenvolvidas pelo Colégio de Aplicação (CAp) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), especialmente considerando como práticas os exames de seleção para ingresso dos estudantes, os testes de inteligência aplicados aos alunos, as classes experimentais secundárias e os conselhos de classe, entre 1954 e 1981. O recorte temporal escolhido está delimitado pela presença de Graciema Pacheco na Direção do Colégio, pois ela concentrou esforços para a manutenção de um tipo de escola em que os alunos eram escolhidos por provas de seleção e testes de inteligência. Inscrita no campo da História da Educação e suas interfaces com a História das Instituições Educativas, a pesquisa está ancorada nos postulados da História Cultural e utiliza como metodologias a História Oral e Análise Documental Histórica. Deste modo, têm-se como corpus documental, narrativas de memória de cinco professoras que atuaram no Colégio no período em questão, bem como outros tantos documentos localizados no Arquivo da Comissão de Ensino do CAp e no Arquivo da Faculdade de Educação/UFRGS. Para melhor compreender o CAp, foi necessário conhecer também a legislação educacional brasileira, bem como as inspirações estrangeiras associadas aos preceitos da Escola Nova. Cumpre destacar que o escolanovismo, baseado no pensamento de teóricos norte-americanos e europeus, esteve no cerne da idealização de um novo conceito de escola, que culminou na instalação dos Colégios de Aplicação brasileiros, a partir da década de 1940. O princípio destes estabelecimentos de ensino era constituírem-se como escolas laboratoriais e como campo de estágio para os alunos dos Cursos de Licenciatura das Faculdades de Filosofia do país. Sob essa égide, em 1954, teve início a primeira turma do CAp/UFRGS. Para as Diretoras, Graciema Pacheco e Isolda Holmer Paes, os estagiários seriam a mola propulsora da inovação e da irradiação de práticas educativas inusitadas a outras escolas, fossem públicas ou particulares. Ao longo da pesquisa, foi possível estabelecer relações entre os modos como o CAp se apropriava de tendências pedagógicas estrangeiras e procurava disseminá-las. Notadamente, os discursos renovadores franceses fizeram emergir no contexto do Colégio de Aplicação um determinado ideal de escola modelo para a sociedade porto-alegrense naquele período. As práticas desenvolvidas evidenciam a circularidade cultural que agregava educadores franceses e brasileiros, que partilhavam intercâmbios de estudo. Estas aproximações permitiram que o Colégio promovesse uma vanguarda pedagógica que se traduziu em ações escolares, até então, pouco difundidas, entre elas as Classes Experimentais e os Conselhos de Classe. Este estudo pretendeu contribuir na produção do conhecimento em História da Educação, de forma a dar visibilidade a experiências pedagógicas, que corporificaram um modo de pensar o fazer educacional. Além disso, buscou-se compreender a instituição de ensino e sua cultura escolar, da qual, em boa parte, somos herdeiros. |