Às margens do Tocantins: memórias de professores aposentados em Miracema – TO (1960-1990)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Barros, Aragoneide Martins
Orientador(a): Santos, Jocyléia Santana dos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Tocantins
Palmas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação - PPGE
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11612/5204
Resumo: Este trabalho tem como intuito narrar as memórias dos professores aposentados que atuaram no período de 1960 a 1990 no Colégio Tocantins (CT), na Escola José Damasceno Vasconcelos e no Centro de Ensino Médio Santa Terezinha (CEMST), na cidade de Miracema do Norte. Entre os objetivos específicos, buscou-se identificar e entrevistar os docentes aposentados que atuaram nas instituições educacionais supramencionadas, para trazer à tona as motivações para o exercício da docência num cenário educacional limitado e de reduzida formação docente. A análise das memórias dos professores revelou variados aspectos do cotidiano das escolas primárias do interior do norte goiano: os métodos de ensino, as normas escolares e a rotina vivenciada por alunos e professores. Na pesquisa bibliográfica, estudaram-se autores que tratam da história da educação brasileira: Aranha (1996) Nunes (2002), Vidal (2005), Veiga (2007), Saviani (2007), Faria Filho (2000), Ribeiro (1998), Ribeiro (1998), entre outros. A pesquisa fundamentou-se na acepção de instituições educativas de Noselha (2009), Sanfelice (2007) e Justino Magalhães (2004), que no livro “Tecendo nexos: história das instituições educacionais” enfatiza as instituições educacionais como espaços de transformação do indivíduo, o que traz uma carga sociocultural, a partir da discussão educação/ação, informações do contexto cultural e social ao epistemológico; a educação/conteúdo, que é o conhecimento epistemológico propriamente dito, e a educação/produto, resultado do processo educativo. Aplicou-se a metodologia da história oral, adotando conceitos de Verena Alberti (2000), Bosi (1994), Halbawachs (2003), Michael Pollak (1992), Portelli (2006), Meihy e Holanda (2010) e outros. A análise das entrevistas baseou-se em Bardin (2011) e Jacques Le Goff (1998). Todas as entrevistas foram transcritas e examinadas com o fim de analisar a história oficial registrada nos documentos das escolas e a história narrada nas entrevistas dos sujeitos investigados. As entrevistas seguiram os procedimentos previstos de identificação de testemunhas, construção de roteiro de perguntas, termo de consentimento livre e esclarecido e análise dos depoimentos. Os documentos utilizados foram: Projetos Políticos Pedagógicos, Regimento Interno, fotografias da unidade escolar, recortes de jornais do antigo norte goiano sobre a escola, a cidade e o acervo de particulares. O uso da história oral como método de investigação permitiu que sujeitos, instituições e movimentos escolares suscitassem um novo olhar sobre o cenário educacional do norte goiano. Os entrevistados destacaram lugares, acontecimentos, personagens, práticas educativas, e produziram informações sobre a cultura, os ritos e o cotidiano da escola, num contexto local/nacional da educação brasileira nas décadas de 1960 a 1990.