Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Tentardini, Fabiana Tibolla |
Orientador(a): |
Hugo, Fernando Neves |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/28705
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Resumo: |
O câncer de cabeça e pescoço (CCP) abrange cerca de 10% dos tumores malignos, sendo uma doença cujo tratamento é agressivo em suas diferentes abordagens. Tanto a doença quanto os tratamentos podem gerar impactos na qualidade de vida (QV) dos pacientes de forma temporária ou definitiva. O objetivo deste estudo foi verificar mudanças na percepção de QV e nas condições de saúde bucal de um grupo de pacientes de CCP tratados em um hospital de Porto Alegre, em relação ao período pré-tratamento após 30 meses decorridos de seu tratamento oncológico. Outro objetivo foi identificar diferenças entre os participantes sobreviventes e falecidos quanto às medidas registradas na linha de base. Na linha de base, foram entrevistados e examinados 46 pacientes com tumores primários em regiões de cabeça e pescoço e que ainda não haviam iniciado o tratamento oncológico. No acompanhamento, foram constatados 23 óbitos e 04 perdas entre os integrantes do grupo inicial, conseguindo-se entrevistar e examinar 19 sobreviventes. Foram utilizados os questionários de QV geral abreviado da Organização Mundial de Saúde (WHO Quality of Life Bref – WHOQOL Bref) e o de QV relacionado à saúde específico para pacientes de CCP da European Organisation for Research and Treatment of Cancer (EORTC Quality of Life Questionnaire Head &Neck 35 – EORTC H&N 35), e os índices de dentes cariados, perdidos e obturados (CPO-D), e de Uso e Necessidade de Prótese. Ainda, foram registradas informações de autopercepção de saúde bucal, acesso e satisfação dos sobreviventes em relação ao atendimento odontológico. Para a análise estatística, as medidas iniciais e finais foram comparadas utilizando-se os testes qui-quadrado, Exato de Fisher, T de Student e Mann-Whitney. Na linha de base, foram encontradas diferenças significativas entre os pacientes sobreviventes e falecidos em relação ao estadiamento tumoral, tipo de tratamento, disfagia, domínio físico do questionário de QV WHOQOL Bref, escore geral do questionário de qualidade de vida relacionado à saúde EORTC H&N35 e seus itens dor, deglutição e comer em público. De forma geral, após uma média de 32 meses de acompanhamento, os sobreviventes apontaram impactos físicos relacionados ao câncer e seu tratamento, contudo, sua percepção de QV não sofreu alteração significativa no acompanhamento de longo prazo. Em relação às condições de saúde bucal, houve elevação do escore médio do CPO-D e do uso de próteses dentárias. Os pacientes sentiram necessidades de atendimento odontológico em razão de dor e reabilitação protética no período pós-tratamento oncológico e, com exceção de quatro casos, não receberam acompanhamento odontológico sistematicamente organizado com relação ao CCP. Os achados deste estudo acompanham as recomendações da literatura para incluir, rotineiramente, a avaliação de QV pelos serviços oncológicos, como uma ferramenta que potencializa a qualificação deste cuidado posto que permite aprofundar a compreensão dos pacientes e de suas necessidades. |