Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Hesler, Lilian Zielke |
Orientador(a): |
Meneghel, Stela Nazareth |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Palavras-chave em Espanhol: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/70766
|
Resumo: |
Neste estudo investigou-se o suicídio sob a perspectiva de gênero em municípios da região sul do Brasil, descreveu-se as características sociodemográficas das pessoas que cometeram suicídio e identificou-se a presença de violência de gênero na história de vida destas pessoas. Trata-se de um estudo qualitativo, e faz parte de uma pesquisa multicêntrica intitulada “É possível prevenir a antecipação do fim? Suicídio de Idosos no Brasil e possibilidades de Atuação do Setor Saúde”. Realizaram-se 19 autópsias psicossociais mediante entrevistas em profundidade com familiares de pessoas que cometeram suicídio nos municípios de Candelária, Venâncio Aires, São Lourenço do Sul e Porto Alegre, localizados no estado do Rio Grande do Sul/Brasil. O método de análise foi o de conteúdo na modalidade temática, com o auxílio do software NVivo versão 7. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e todas as recomendações e cuidados éticos foram respeitados. No que tange às desigualdades de gênero nas relações de conjugalidade observou-se na história de homens e mulheres suicidas, o rígido desempenho dos papéis tradicionais de gênero, em que as mulheres eram responsáveis pelos afazeres domésticos e cuidados da família, e os homens pelo comando e sustento da casa. Algumas mulheres acresciam à sobrecarga do cuidado da casa e filhos, o trabalho na lavoura e a responsabilidade econômica com a família. A violência de gênero esteve presente na história de vida de homens e mulheres que cometeram suicídio, e essa violência, nas relações conjugais, produziu consequências negativas à saúde, bem-estar e qualidade de vida das mulheres que se suicidaram. Os homens suicidas exerceram durante toda a vida conjugal relações de poder e violência de gênero contra as esposas. Assim, entende-se que as desigualdades de gênero são fator de vulnerabilização de mulheres e homens, e não pode deixar de ser analisado quando se estuda o suicídio. Frente a esses resultados destaca-se a importância de estudos e discussões sobre o suicídio na perspectiva de gênero, pois as desigualdades de gênero e as violências contribuem para os comportamentos autoagressivos de homens e mulheres na sociedade. |