Ahí está el Brasil sin careta : representações e usos políticos da guerra e da ocupação do Paraguai na imprensa de Buenos Aires, 1870-1876

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Segatto, Bruno Félix
Orientador(a): Neumann, Eduardo Santos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/172387
Resumo: Esta dissertação teve como objetivo analisar as representações e os usos políticos da guerra e da ocupação do Paraguai realizados por alguns periódicos argentinos como El Nacional, La Tribuna, La Nación e El Mosquito durante o período compreendido entre a morte de Solano Lopez, em 1870, e a retirada das tropas aliadas do país em 1876. Durante estes seis anos de ocupação, Brasil e Argentina discordaram em relação aos tratados definitivos de paz e limites a serem assinados com o novo governo paraguaio. Estas disputas eram intensamente abordadas pela imprensa de Buenos Aires, que estava, por sua vez, vinculada com as facções políticas de maior envergadura na Argentina: o nacionalismo e o autonomismo. Nacionalistas e autonomistas utilizaram a guerra recém terminada assim como os eventos políticos que ocorriam no Paraguai, como as negociações de paz, as revoltas e insurreições contra o governo de Assunção ou as manobras da diplomacia brasileira naquela república como instrumento de ataque, crítica e de desqualificação da facção rival, principalmente durante períodos eleitorais. Dadas as características da imprensa argentina durante a década de 1870, em alguns períodos de desacordos entre Brasil e Argentina, estes jornais criavam não somente uma arena pública de debate a respeito das questões referentes ao Paraguai, mas também um ambiente de apreensão e preocupação na capital Buenos Aires. As discordâncias, as missões diplomáticas, as negociações estabelecidas entre os governos brasileiro, argentino e paraguaio bem como toda a repercussão e os usos políticos que delas realizaram os periódicos consultados evidenciam que, pelo menos entre a imprensa da capital argentina, a Guerra da Tríplice Aliança foi mais além de Cerro Corá.