O movimento da taxa de lucro e a exportação de capital : tendências e limites da dinâmica econômica no capitalismo contemporâneo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Rodrigues, Lucas
Orientador(a): Herrlein Junior, Ronaldo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
FDI
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/187625
Resumo: A crise que se estabeleceu na economia mundial em 2008 levantou importantes debates a respeito de suas causas. Dentre essas, a lei da queda tendencial da taxa de lucro, desenvolvida por Marx, surgiu como uma das possíveis explicações. Realizar um estudo dessa, tanto em seus aspectos teóricos quanto empíricos, é uma das tarefas empreendidas nesse trabalho. Compreende-se que tanto os fatores que pressionam para seu movimento de queda, quanto aqueles que atuam para sua recuperação, são originados ambos do circuito do capital-industrial dentro de sua lógica de valorização. Atuam, portanto, simultaneamente em todos os momentos. Desse modo, as diferentes fases do ciclo econômico, e mesmos suas distintas manifestações históricas, expressam a forma e intensidade com que esses fatores se relacionam e interagem reciprocamente. Os períodos de expansão guardam, assim, as crises como latência, enquanto nessas últimas são gestadas as novas fases de recuperação. Uma questão importante nesse ponto é a destruição de capital, a qual condiciona os períodos posteriores de retomada. Argumenta-se que caso essa seja limitada, a recuperação dependerá da ação mais intensa e extensa dos fatores contrariantes ao declínio da taxa de lucro. Desde a crise dos anos 1970/1980 uma das características da dinâmica da acumulação foi o processo crescente de exportação de capital e a integração do mercado mundial. Essa foi uma das formas como o capital buscou contornar seus problemas de valorização. A relação desse processo com o movimento da lucratividade e a formação de uma massa de valor ociosa, em especial nos países de capitalismo avançado, é analisada nessa tese. Esse trabalho é empreendido tanto em seus aspectos teóricos quanto em suas formas concretas de manifestação. O movimento principal analisado é aquele de investimento direto externo (IDE), no entanto compreende-se que a expansão do capital para a esfera internacional não se limita a essa forma. Apesar de não se focar apenas nos EUA, são usados majoritariamente dados desse país.