Experiências relacionadas à execução de tratamentos endodônticos de urgência e níveis de ansiedade, qualidade do sono e qualidade de vida em alunos de graduação em odontologia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Grock, Camila Hélen
Orientador(a): Montagner, Francisco
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/202349
Resumo: A odontologia está entre os cursos de graduação em que os alunos referem um alto índice de estresse, devido à extensa carga horária curricular e ao sentimento de autocrítica dos mesmos. Dentre as especialidades da Odontologia, a Endodontia se destaca como sendo uma das áreas de alta complexidade, que pode despertar significativos níveis de estresse em parte dos alunos. Poucos são os estudos que avaliam as experiências dos alunos de graduação relacionadas à execução de tratamentos endodônticos de urgência, especialmente quando associados à realização de procedimentos clínicos. Da mesma forma, pouco se sabe sobre o perfil de qualidade de vida, ansiedade, além das características da qualidade de sono nesta população. O presente estudo teve como objetivos avaliar a experiência dos alunos de graduação em Odontologia na realização de tratamentos endodônticos de urgência e avaliar os níveis de ansiedade, qualidade de vida e características de sono neste grupo de indivíduos. Foram utilizados os seguintes instrumentos para avaliação: IDATE, DASS-21, WHOQOL-BREF E PSQI, além de um questionário para avaliar os níveis de confiança dos alunos para a realização de procedimentos endodônticos de urgência, e escalas numérica e analógica de ansiedade aplicadas no antes e após o atendimento de urgência. Após a aplicação de todos os instrumentos quantitativos, foram sorteados 10 alunos para participar de uma análise qualitativa através de um grupo focal. Um total de 33 alunos participou da pesquisa, a média de idade foi de 21,48 ± 1,86 anos. A maioria deles relatou sentir-se “muito confiante” ou “confiante” ao realizar anestesia (57,6%), isolamento absoluto (57,6%) e selamento coronário (72,7%). Entretanto, sentiram-se “pouco confiantes” ou “muito pouco confiantes” durante a realização da pulpotomia/pulpectomia (24,2%) e abertura coronária (15,2%). A média do escore geral de qualidade de vida foi 67,52 DP=14,49. Os alunos que tiveram escore maior que o percentil 75 (27,3%) tanto para o IDATE como para o instrumento DASS-21 foram classificados como “altamente ansiosos”. Os valores das escalas numérica e analógica para ansiedade foram maiores no momento pré-operatório quando comparadas com o pós-opertarório (P<0,05 Teste de Wilcoxon). A partir de testes de associação (Teste Qui-quadrado ou Exato de Fischer), todos os alunos que foram classificados como “altamente ansiosos” não se sentiram confiantes para realizar procedimentos de “abertura coronária” e “pulpotomia/pulpectomia”. De acordo com a pontuação global do PSQI, 72,7% dos alunos possuem qualidade do sono categorizada como ruim. Foi possível concluir que há altos níveis de ansiedade entre os alunos, o que leva a uma redução na confiança antes da realização de procedimentos endodônticos de urgência. Sugere-se um rearranjo nas atividades, possibilitando um maior número de aulas práticas na área de endodontia, tanto em pré-clínicas quanto em clínicas, para diminuir os níveis de ansiedade dos alunos e aumentar o grau de confiança antes da realização de procedimentos endodônticos de urgência. Assim, evidencia-se a constante necessidade de avaliação do processo ensino-aprendizagem em Odontologia e da implementação de medidas que possam contribuir para este crescimento.