Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Conrado, Karina Luckaszeski |
Orientador(a): |
Azevedo, Paulo Seben de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Espanhol: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/49668
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Resumo: |
Esta dissertação pretende examinar, na literatura brasileira, a existência de um processo que Paulo Seben de Azevedo chama de fisiologização, ou seja, a caracterização de seres voltados exclusivamente para a satisfação dos seus desejos individuais mais básicos — aqueles vinculados diretamente ao corpo. Embora não se trate de um processo novo na cultura ocidental, recrudesceu a partir do século XX. Partindo da abordagem da produção contística do escritor mineiro Rubem Fonseca, a proposta desse trabalho é focalizar a presença significativa da fisiologia do corpo humano desde seu livro de estreia, Os prisioneiros (1963) até a publicação de títulos mais recentes, como Secreções, excreções e desatinos (2001). O contista foi pioneiro na abordagem desse tema, visto que, já nos anos sessenta, Fonseca indicava que o indivíduo tinha a tendência de ter uma relação com o mundo através do seu corpo, forma de expressão contemporânea através da qual o sujeito revela sua identidade. Para comprovar a presença da fisiologização do ser humano, analisaremos treze contos, que perpassam diferentes obras do autor, abrangendo as décadas de sessenta, setenta, noventa do século XX e início do século XXI; essas narrativas, embora pertençam a diferentes épocas, formam um conjunto porque mostram a evolução do tema da fisiologia na ficção fonsequiana, que coincide com uma sociedade cada vez mais globalizada e consumista — sociedade que, por consequência, valoriza excessivamente a individualidade e o culto à imagem. O trabalho se sustentará em estudiosos da obra fonsequiana e em autores que abordam a relação sujeitosociedade. Pretendemos, assim, comprovar que Rubem Fonseca, além de retratar sua época, tem sido um escritor à frente do seu tempo, pois prenunciou nos idos dos anos sessenta, período que coincide com o boom da urbanização brasileira, as consequências desse processo nas relações humanas, que refletiram na transformação de seres cada vez mais encerrados em si mesmos. |