Organizações híbridas e o desafio de construir sentido compartilhado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Gonzales, Rogério Leite
Orientador(a): Nascimento, Luis Felipe Machado do
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/263233
Resumo: Esta tese investiga como organizações híbridas – que entrelaçam objetivos financeiros, sociais e ambientais – promovem o desenvolvimento de habilidades de seus membros sem perder de vista seus objetivos organizacionais. Esse estudo tem relevância em avançar em formas de desenvolvimento de pessoas e times mais autônomos, capazes de navegar em organizações e ambientes em constante transformação. A pesquisa, ancorada na Teoria da Atividade Histórico-Cultural, emprega a abordagem cartográfica, que se adapta à realidade encontrada e colabora estreitamente com os participantes. A parte exploratória da tese é focada em uma organização híbrida, notável por seu profundo compromisso com a justiça social. Os resultados demonstram que a organização valoriza a autonomia de seus membros, proporcionando um ambiente propício para o desenvolvimento de autonomia e liderança. Uma cultura organizacional robusta, alinhada com o objetivo de promover uma sociedade mais justa, é o que une os membros da organização. No entanto, o estudo aponta o desafio do desenvolvimento simultâneo de habilidades não técnicas, ou soft skills, em um contexto grupal. Esse desafio surge porque muitos membros estão adquirindo diferentes habilidades ao mesmo tempo, o que dificulta a compreensão de um problema comum que requer resolução coletiva. Para superar esse obstáculo, a tese propõe uma metodologia que envolve a introdução de um novo artefato no sistema de atividades. Esta ação desestabiliza o sistema e cria oportunidades para aprendizado. A metodologia enfatiza a aplicação prática do conhecimento adquirido e utiliza uma série de ferramentas para coletar informações e entender as barreiras à colaboração. A pesquisa conclui que a Teoria da Atividade Histórico-Cultural tem o potencial ser implementada de forma autônoma pelas equipes, e questiona como facilitar seu uso diário por indivíduos sem formação acadêmica avançada. Além disso, constatou-se que o framework proposto alcança os objetivos propostos, de através da introdução de um novo artefato no sistema de atividade, desestabilizar o sistema e evidenciar as contradições inerentes à ele. Possibilitando um processo de construção de sentido compartilhado e de desenvolvimento do time e da organização mais eficaz e baseado em dados. Além do ganho principal, também se evidenciou o sucesso da abordagem de desenvolvimento pela prática gerando evolução na competência trabalhada com o time. Para pesquisas futuras, entende-se a possibilidade de aplicar o framework em diferentes organizações e culturas organizacionais.