Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Martins, Juscilaine Gomes |
Orientador(a): |
Dick, Deborah Pinheiro |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/235256
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Resumo: |
O cultivo de eucalipto geralmente ocorre em solos de baixa fertilidade, tais como os arenosos. Nestas áreas, a remoção dos resíduos da colheita pode causar a redução da matéria orgânica do solo (MOS), sendo um ponto crítico para a manutenção de sua qualidade. O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos do manejo dos resíduos da colheita do eucalipto nos teores, na composição e nas frações químicas da MOS. O experimento foi realizado em um Neossolo Quatzarênico, sob cultivo de eucalipto nos últimos 30 anos (3 - 4 ciclos), em clima subtropical úmido. Três manejos foram avaliados, em blocos completos ao acaso, com quatro repetições: a manutenção total (MT), a manutenção parcial (MP) e a remoção total (RT) dos resíduos da colheita. Após seis anos do manejo dos resíduos, o solo foi amostrado em seis camadas até um metro de profundidade. Foram determinados os teores de carbono e nitrogênio. As substâncias húmicas (SH) foram fracionadas, quantificadas e sua composição química determinada por espectroscopia de infravermelho com transformada de Fourier (FTIR). Em virtude da baixa concentração de MOS, foi proposta adequação metodológica empregando-se apenas a fração de solo com granulometria inferior à 250 μm para o fracionamento das SH. Também foram determinados a capacidade de troca de cátions (CTC), a assinatura isotópica (δ13C) da MOS e o perfil cromatográfico dos n-alcanos. Para o solo arenoso com baixo teor de material orgânico, a utilização da fração do solo menor que 250 μm no fracionamento das SH demonstrou ser mais adequada que o uso da terra fina seca ao ar. Nas condições avaliadas, a remoção dos resíduos da colheita do eucalipto não alterou significativamente o teor de MOS, após um ciclo de manejo. A manutenção dos resíduos favoreceu o predomínio das formas mais protegidas da MOS, extraídas nas frações ácido húmico e humina das SH, enquanto a nova serrapilheira contribuiu para formas mais funcionalizadas, extraídas em H2O, HCl e fração de ácido fúlvico. Esta serrapilheira foi o principal componente da CTC, que respondeu linearmente ao incremento da MOS. A assinatura isotópica do C (δ13C) e o perfil de distribuição dos n-alcanos, demonstraram que a contribuição de material orgânico herdado diretamente da vegetação, através dos resíduos, se deu até um metro de profundidade; sendo que a contribuição da nova serrapilheira ocorreu até os 20 cm. A contribuição dos produtos microbianos para a fração lipídica da MOS foi maior em profundidade. Embora não haja diferença significativa entre os manejos de resíduos adotados, existe clara tendência de redução dos teores de MOS com a remoção dos resíduos da colheita. Desta forma, há expectativa de que, ao longo de dois ou mais ciclos de remoção de resíduos da colheita, esta redução se torne significativa. |