Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Generoso, Isaura Mourão |
Orientador(a): |
Baldissera, Rudimar |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/196359
|
Resumo: |
Esta pesquisa, inspirada na análise arqueológica foucaultiana, versa sobre o saberprática discursiva da Comunicação Organizacional no Brasil, constituído por enunciados discursivos e não-discursivos que estão sempre em relações de forças. Nessas relações, as escolhas estratégicas realizadas fazem emergir formações discursivas e, consequentemente, noções conceituais assumidas e reverberadas como “verdades”, evidenciadas no que Foucault (2012a) descreve como uma “árvore de derivação enunciativa”. Nesse sentido, a noção foucaultiana de “saber” e os enfrentamentos que permeiam uma “prática discursiva” em sua conformação nos possibilitaram apreender a Comunicação Organizacional constituída por enunciados oriundos da forma de se pensar a organização e da noção de comunicação quando situada, realizada e acontecendo em organizações e/ou entre organizações e os diferentes sujeitos e/ou entre organizações e a sociedade. Para tanto, definimos como objetivo geral compreender as articulações que fizeram emergir enunciados tidos como “verdade”, conformando a “prática discursiva” e o “saber” da Comunicação Organizacional na atualidade. Estabelecemos nossos procedimentos metodológicos, inspirados pelas “pistas” deixadas por Michel Foucault para a análise arqueológica da “prática discursiva”, em três etapas: a) identificamos autores/pesquisadores que podem ser considerados em “posições subjetivas” para falar acerca de e sobre Comunicação Organizacional, por terem seus construtos utilizados e reverberados por outros autores; b) evidenciamos as diferentes formações discursivas que emergem dos construtos desses autores/pesquisadores em relações de forças com outras formações – discursivas e não-discursivas – e, por fim, c) analisamos as apropriações dessas formações por outros autores, pesquisadores, professores. Nesse percurso, analisamos 669 artigos científicos publicados entre 2008 a 2018 nas revistas Organicom, Intercom-RBBC e E-Compós, nos anais de 11 congressos realizados pela Associação Brasileira de Pesquisadores de Comunicação Organizacional e de Relações Públicas (Abrapcorp) no período; e nos anais de quatro congressos (de 2011 a 2014) da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação (Compós), quando a área teve um Grupo de Trabalho ativo. Identificamos nove autores em “posições subjetivas” e evidenciamos que os construtos desses autores, mesmo daqueles que fundamentam seus conceitos nos estudos da Comunicação, da Filosofia, da Psicologia ou da Sociologia, têm sido apropriados como fortemente vinculados aos Estudos Organizacionais. Isso sobreleva a força do modelo gestionário nas escolhas estratégicas conceituais, limitando o sistema de transformações da “prática discursiva” da Comunicação Organizacional. |