Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Flores-Pereira, Maria Tereza |
Orientador(a): |
Cavedon, Neusa Rolita |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/11186
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Resumo: |
O tema da cultura organizacional tem sido visivelmente aprofundado a partir de mudanças na sua base epistemológica (de um paradigma funcionalista para um interpretativista) e na utilização de diferentes perspectivas conceituais (de uma abordagem gerencial para uma simbólica) e metodológicas (de pesquisas quantitativas para qualitativas). Todavia, a despeito de todos esses avanços, o tema não tem acompanhado o desenvolvimento alcançado pelos estudos antropológicos que enfocam o corpo como modo de repensar a problemática cultural. É meu objetivo nesta tese, portanto, desvelar de que modo um enfoque no corpo humano propicia um melhor entendimento da noção de cultura organizacional, a partir de dois eixos teóricos que trabalham com a relação corpo-cultura: o ‘corpo artefato’ (corpo sócio-histórico-cultural) e o ‘embodiment’ (experiência cultural incorporada). Para realizar ambas as análises, parto de observações oriundas de uma etnografia organizacional junto a uma grande livraria de shopping center, a Livraria Cultura de Porto Alegre. O grupo de informantes privilegiado nessas análises foi a equipe de vendedores. Com base nesse material empírico e, primeiramente, com base em estudos da Antropologia do Corpo (capítulo 2), na primeira parte deste trabalho, analisei o corpo do trabalhador como um artefato organizacional que se singulariza por seu caráter dinâmico, sua hierarquização e sua dimensão política. A partir dessas análises, foi possível repensar o caráter de objeto inanimado e a pouca atenção que é oferecida para questões como classificação, hierarquização e dimensão política dos artefatos organizacionais. Na segunda parte (capítulo 3), aponto para a relação cultural pré-objetiva (pré-reflexiva) que trabalhadores estabelecem com as organizações e com os produtos que comercializam, ou seja, como a cultura organizacional é experienciada e incorporada. Para isso, parto de estudos da Filosofia e de Ciências Sociais e Humanas para buscar compreender como os estudos de embodiment possibilitam um novo modo de se conduzir metodologicamente as pesquisas de cultura organizacional e como incrementam sua conceituação. Levantei que o foco no embodiment desvela o papel ativo que o corpo tem na vida organizacional e permite uma melhor compreensão da dinâmica do conceito de cultura. |