Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Justo, Fernanda Maia |
Orientador(a): |
Guadagnin, Demétrio Luis |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/212862
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Resumo: |
Os sistemas agrícolas são uma fonte de recursos concentrados e abundantes, além de fornecer habitat para muitas espécies de aves, como, por exemplo, as áreas de cultivo de arroz. A maior parte do arroz é cultivada em condições de inundação. Dessa forma, o agrossistema de arroz irrigado mimetiza algumas características de áreas úmidas. Esse agrossistema fornece habitat para espécies de aves aquáticas e uma variedade de recursos alimentares. Devido ao forrageamento, as aves aquáticas podem proporcionar alguns benefícios aos sistemas de arroz irrigado. No entanto, as aves aquáticas também podem reduzir a produtividade do arroz. De fato, algumas espécies podem infligir danos econômicos significativos às plantações aumentando os conflitos sobre a melhor maneira de reduzir o problema. Muitas espécies de aves aquáticas já foram relatadas como pragas de arroz em diferentes países. Na região central do Brasil, aves aquáticas, especialmente Dendrocygna sp. são consideradas pragas pelos produtores de arroz. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a magnitude da predação de marrecas em três projetos de irrigação durante a safra 2017-2018. Primeiro, realizamos um levantamento de aves aquáticas para identificar as espécies que utilizam os agrossistemas de arroz e para entender a relação entre a abundância das marrecas e a paisagem agrícola. Segundo, testamos a eficácia do controle de danos realizado pelos produtores, usando o experimento de exclusão. Por fim, avaliamos o custo-efetivo do controle de danos, através de um questionário semiestruturado aplicado aos agricultores. As hipóteses é que a abundância de aves aquáticas não é homogeneamente distribuída pela matriz agrícola, então esperávamos encontrar uma abundância maior dentro dos arrozais do que nos habitats adjacentes, como canais e diques de irrigação; que as ações de controle de danos realizadas pelos agricultores são eficazes e custo-efetivas. Portanto, não esperamos encontrar diferenças na produtividade do arroz entre os tratamentos do experimento e que os benefícios proporcionados pelas medidas de controle de danos excedem o custo desse método. Os resultados demonstraram que as Dendrocygna spp. foram as aves mais frequentes e abundantes no agrossistema de arroz, principalmente nas áreas de resteva. Não foi encontrado diferença significativa na produtividade de arroz nas áreas de estudo, demonstrando que as ações de controle de danos são eficazes para evitar o dano das aves. A análise do custo-benefício das ações de controle de danos indicou que as ações são custo-efetivas. Além disso, o controle de danos foi de baixo custo, correspondendo a menos de um por cento do custo de implantação da lavoura. Concluímos que as as Dendrocygna spp. são um problema para a produção de arroz irrigado, no entanto, está mitigado pela ação atual de controle de danos feita pelos agricultores. |