Geoquímica das granadas e assembléias de minerais pesados no estudo de proveniência dos sedimentos quaternários da porção sul da Bacia de Pelotas, RS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Splendor, Fábio
Orientador(a): Remus, Marcus Vinicius Dorneles
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/10819
Resumo: A análise de minerais detríticos pesados oferece uma abordagem de alta precisão para determinar a proveniência sedimentar, devido à diversidade de espécies minerais encontrados nas rochas-fonte. Entretanto, devido às modificações introduzidas pela seleção hidráulica diferencial e pela diagênese sobre as assembléias originais de minerais pesados, a análise de variedades dentro de uma mesma espécie de mineral pesado (análise varietal de minerais pesados) tem sido crescentemente utilizada com excelentes resultados. Neste estudo são analisados os minerais do grupo das granadas dos sedimentos Quaternários da Bacia de Pelotas, comparandose a sua composição química com a composição reconhecida para estes minerais nas diversas unidades do Escudo Sul-Riograndense. Amostras de testemunhos de sondagem, extraídos da cobertura superficial de sedimentos da Bacia de Pelotas (plataforma continental interna do Rio Grande do Sul) foram selecionadas e trabalhadas de acordo com a metodologia de separação de minerais pesados. Os principais minerais pesados identificados são: turmalina, estaurolita, epidoto, granada, horblenda, hiperstênio, augita, cianita, silimanita, monazita, zircão, rutilo e opacos. A composição química das granadas foi analisada através de microssonda eletrônica (WDS). Os resultados mostram a presença de quatro populações para os sedimentos Quaternários da Bacia de Pelotas: (1) a mais freqüente consiste de granadas ricas no componente piropo, indicando áreas-fonte de terrenos de alto grau metamórfico, granulitos e gnaisses pelíticos do Complexo Granulítico Santa Maria Chico (Bloco Taquarembó) e com provável contribuição dos granulitos pré-brasilianos do Cinturão Valentines (Uruguai); (2) granadas com teores baixos de piropo, elevados valores para almandina+espessartita e teores variáveis de grossularia+andradita+uvarovita, derivadas de rochas meta-sedimentares de baixo a médio grau, com área fonte principal relacionada às rochas metamórficas de médio a baixo grau metamórfico do Complexo Metamórfico Porongos do Cinturão Tijucas e menor contribuição dos metamorfitos de médio e baixo grau do Bloco São Gabriel; (3) granadas com elevados teores de piropo e grossularia+andradita+uvarovita, provenientes de metabasitos, com área fonte principal do Bloco Taquarembó, relacionados aos granulitos máficos do Complexo Granulítico Santa Maria Chico e do Cinturão Tijucas, relacionado aos anfibolitos do Complexo Metamórficos Porongos; (4) menos expressiva, contendo granadas com elevados valores de espessartita e baixos teores de piropo+grossulária+andradita+uvarovita, encontradas em pegmatitos e aplitos graníticos e alguns granitos, tendo como área fonte principal o Cinturão Dom Feliciano.