Estudo dos minerais pesados ao longo do sistema estuarino Goiana / Megaó – PE: distribuição e proveniência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: QUINAMO, Lara de Arruda
Orientador(a): VALENÇA, Lúcia Maria Mafra
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Geociencias
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29081
Resumo: O estudo dos minerais pesados constitui-se de grande importância científica, pois ocorrem como minerais acessórios em sedimentos e rochas, são derivados do intemperismo e erosão das rochas ígneas, metamórficas e sedimentares. Permitindo assim, a associação desses minerais à sua potencial rocha fonte. O Sistema Estuarino Goiana-Megaó, localiza-se no extremo norte do Estado de Pernambuco e apresenta uma extensão de aproximadamente 18 km. Este trabalho tem como objetivo a caracterização dos minerais pesados dos sedimentos de fundo deste estuário e com isso inferir sua potencial área fonte. Foram coletados 4 testemunhos, 19 amostras superficiais de fundo e 12 amostras de rocha em áreas à montante do rio. As amostras de rocha foram retiradas de diferentes litologias: Complexo Vertentes, Complexo Salgadinho, Complexo Surubim Caroalina, Ortognaisse Mata Limpa e Formação Barreiras. As amostras de rochas foram britadas, passadas por um processo de moagem e fracionadas (de 0,062 a 1mm) para analise dos minerais em lupa binocular. Os testemunhos foram fracionados em níveis, gerando 19 amostras, cada amostra foi bateada para concentração dos minerais pesados. As amostras superficiais de fundo e de testemunho passaram por posterior identificação dos minerais, com auxílio de lupa binocular e guias de determinação de minerais em grãos. Para tal identificação, foram utilizadas propriedades físicas, tais como, cor, hábito e tamanho. Posteriormente, estes minerais passaram por imageamento em microscópio eletrônico de varredura (MEV), e análises de química mineral. Para se inferir a proveniência, os minerais identificados nas amostras de sedimentos do rio foram comparados com minerais das rochas (potenciais fontes) coletadas e também com dados da literatura. Os minerais pesados identificados nas amostras de areia foram, em ordem de abundância: Ilmenita, Cianita, Turmalina, Zircão, Epidoto, Espodumênio, Diopsídio, Rutilo, Hornblenda, Silimanita e Granada. Com base nos resultados, sugere-se que a proveniência desses minerais seja da suíte Intrusiva Conceição (rochas ígneas), do Ortognaisse Mata Limpa (rochas metamórficas), Complexo Salgadinho (rochas metamórficas), Complexo Vertentes (rochas metamórficas), Complexo Surubim Caroalina (rochas metamórficas) e da Formação Barreiras (rochas sedimentares).