Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Martins, Camila Casarotto |
Orientador(a): |
Canez, Anna Paula Moura |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/276910
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Resumo: |
Esta dissertação, apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Museologia e Patrimônio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (PPGMusPa/UFRGS), tem como objeto de análise o arquivo pessoal de Enilda Ribeiro, sob a guarda do Departamento do Rio Grande do Sul do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-RS). Seu objetivo principal é analisar se esse arquivo se constitui como um patrimônio documental. Enilda Ribeiro (1923-2010) foi uma arquiteta e urbanista, pioneira e representativa em seus espaços de ação. Foi a primeira mulher diplomada em curso superior de Arquitetura no Rio Grande do Sul, em 1950. Em coautoria com Demétrio Ribeiro, projetou o prédio do Colégio Estadual Júlio de Castilhos, um dos ícones da Arquitetura Moderna em Porto Alegre. Foi perseguida na Ditadura Civil-Militar: em 1964, foi expurgada da UFRGS e dispensada da Prefeitura de Porto Alegre. Foi a primeira mulher presidenta do IAB-RS (1980-1981) e se destacou no debate políticoprofissional nas entidades de Arquitetura e Urbanismo, principalmente na luta por um conselho profissional próprio. O trabalho analisa o seu arquivo pessoal, que guarda predominantemente documentos institucionais de entidades com as quais se envolveu na década de 1980, cujos conteúdos abarcam o debate sobre a política e o exercício profissional em Arquitetura e Urbanismo, bem como o papel da arquiteta como articuladora nas arenas de debate e como quem se preocupou em guardar essas memórias. Por fim, considera a importância da preservação do arquivo pessoal de Enilda Ribeiro para a memória e a identidade de um campo profissional e para a visibilização da memória de uma mulher arquiteta, mas tensiona as possibilidades da sua patrimonialização. Conclui que a constituição do arquivo como patrimônio documental depende de um olhar atento da coletividade para a sua valoração, bem como a adoção de políticas e práticas de gestão de acervos pela instituição custodiadora e o cumprimento de etapas de patrimonialização, para as quais este trabalho pretende contribuir. |