Os intelectuais orgânicos do capital financeiro internacional : um estudo da trajetória dos "pais" do Plano Real no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Duvoisin, Lauro Allan Almeida
Orientador(a): Granato, Leonardo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/212995
Resumo: Esta tese dedica-se a analisar a trajetória de seis economistas brasileiros que participaram da elaboração do Plano Real: Edmar Lisboa Bacha, Pedro Sampaio Malan, Francisco Lafaiete de Pádua Lopes, André Pinheiro de Lara Resende, Pérsio Arida e Gustavo Henrique de Barroso Franco. O recorte temporal da pesquisa é o período que vai dos anos 1960 até 1994. Enfoca-se a formação e a atuação profissional destes economistas. A análise baseia-se no método prosopográfico. Parte-se do questionamento sobre a relação deste grupo com as classes fundamentais da sociedade num contexto de mudança de hegemonia no Brasil. Desde 1964 o Brasil viveu diferentes fases: o auge da hegemonia liderada pela fração industrial estrangeira que caracterizou o “milagre” econômico, a crise deste esquema após 1974 e a ascensão da nova fração financeira internacional com o agravamento da questão da dívida externa a partir de 1979. A hipótese desenvolvida nesta tese é a de que ao longo de sua formação e atuação profissional estes seis economistas se constituíram como intelectuais orgânicos do capital financeiro internacional, trabalhando em torno da construção de um novo arranjo hegemônico no Brasil. Neste sentido, a elaboração das teorias inercialistas a respeito da inflação brasileira bem como a participação destes economistas no Plano Cruzado fizeram parte de um processo de elaboração ideológica e construção política que visava erigir a estabilidade monetária como valor comum da sociedade.