Efeito da esquila e do nível de feno na dieta de cordeiros confinados no inverno

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Zago, Daniele
Orientador(a): Poli, Cesar Henrique Espirito Candal
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/76208
Resumo: Considerando-se que a esquila afeta o consumo dos ovinos e que a inclusão de volumoso na dieta de terminação pode aumentar a viabilidade do confinamento, objetivou-se testar, na terminação de cordeiros, o efeito da esquila e sua relação com o consumo de volumoso. Foram utilizados 45 cordeiros machos, castrados, com 8 meses e peso inicial de 24 kg. O experimento aconteceu de 12 a 06/07/2011, em um delineamento experimental em blocos com parcelas subdivididas com três repetições, os animais esquilados representavam a sub parcela. Os cordeiros receberam três dietas, em todas elas foi ofertado à vontade uma ração comercial com tamanho máximo de partícula de 6mm, que diferenciaram-se pela oferta de feno de Tifton (Cynodon dactylon): 0, 50 e 100% do consumo voluntário. O consumo voluntário dos animais foi observado no período pré-experimental de 15 dias e foi de 4,3% PV de ração (MS) e 0,25% PV de feno (MS). Os cordeiros foram confinados em baias coletivas com 5 animais, 2 de cada baia foram esquilados. O efeito da esquila foi correlacionado com a temperatura do olho, região das costelas e virilha dos cordeiros, utilizando-se um termógrafo por infravermelho, e avaliado através do ganho médio diário (GMD), consumo de concentrado (CC), consumo de volumoso (CV), consumo total de MS (CTMS) e tempo de ruminação (TR). O abate foi no dia 8 de julho de 2011, ao alcançarem 30kg PV. Foram avaliadas características sensoriais, cor, área de olho de lombo, rendimento e peso das carcaças. Os tratamentos e a esquila não influenciaram o GMD. O CV nos animais esquilados foi 29,02 gMS/animal/dia, (P 0,05) maior do que nos não esquilados (18,34 gMS/animal/dia). Devido a isso o TR foi significativamente maior nos animais esquilados (4,63 h/animal/dia) do que nos não esquilados (3,63 h/animal/dia). A inclusão de feno e a esquila não afetaram o CTMS, o TR foi maior (P 0,05) no tratamento que recebeu maior quantidade de feno (4,83 h/animal/dia) e menor naquele em que ofertou-se apenas ração (3,48 h/animal/dia). O animais que receberam 0 ou 100% do consumo potencial de feno, e os esquilados, produziram carcaças mais pesadas (P<0,05). Os animais submetidos à dieta 50 produziram carne mais suculenta. A carne dos cordeiros não esquilados obtiveram maior teor de amarelo. O tamanho de partícula de 6mm parece ser suficiente para manter o funcionamento saudável do rúmen. A esquila e o nível de feno não tem efeito sobre o ganho de peso de cordeiros em terminação, mas podem alterar seu comportamento ingestivo e algumas características físicas e sensoriais da carne.