Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Santos, Douglas Henrique Ostruca dos |
Orientador(a): |
Rosário, Nísia Martins do |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/277596
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Resumo: |
Esta pesquisa é uma investigação sobre a cena drag e transformista de Porto Alegre, tendo como enfoque uma perspectiva micropolítica das montações. Nisso, assume-se como problema de pesquisa a seguinte questão: como operam as lógicas fabulatórias implicadas em montações transformistas da cena porto-alegrense e quais são os efeitos das comunicações transversais aí efetuadas? Assim, com o objetivo de compreender as fabulações da cena transformista de Porto Alegre, considerando as comunicações transversais que acontecem nas montações, realiza-se uma cartografia (Rosário, 2013; 2016) que se propõe a articular os aspectos teóricos e empíricos através de uma narrativa fabulatória. No mapeamento teórico, as variações da figura da drag são rastreadas nos estudos de Judith Butler (1988; 1990; 1993; 1997; 2004; 2015a ; 2015b ; 2017; 2019), Paul Beatriz Preciado (2002; 2008; 2014; 2018; 2020) e Jack Halberstam (1998; 2005), dando a ver respectivamente as noções de lógicas drag, devir-king e kinging. Além disso, para sustentar uma abordagem micropolítica, articulamos os conceitos de fabulação (Deleuze, 2011; 2018) e transversalidade (Guattari, 1981). Por essa via, defende-se que, além de uma representação cênica, em que atuam as demarcações rígidas entre sujeito-ator e persona, as montações transformistas operam através da fabulação. Nesse sentido, o gesto de ficcionalização que atravessa a criação de expressões transformistas produz transformações nos estados de corpos, os quais são arrastados pelos devires efetuados pelas comunicações transversais. Tais aspectos são estudados a partir das visitas de campo nos territórios transformistas de Porto Alegre, em específico o Mixx Bar, a Workroom, o In.fame, a Le Jardin e a Parada de Luta, sendo algumas visitas realizadas a partir da montação transformista da professora Luná. Como parte da metodologia cartográfica, incluem-se as entrevistas semiabertas (Martino, 2018) com Gloria Crystal, Laurita Leão (Lauro Ramalho), Maria Helena Castanha (João Carlos Castanha), Lady Cibele (Everton Barreto), Mayomi Dantas (Luis Bueno), Cassandra Calabouço (Nilton Gaffrée Júnior), Charlene Voluntaire (Charles Machado), Fabielly Klimberg, Heinz Limaverde, Mia the Witch (Patrick Nascimento), Tiffany Plazza (Fernanda Barreto) e Zé Adão Barbosa. Por fim, para dar base às escolhas narrativas, parte-se das discussões sobre políticas de narratividade (Passos; Barros, 2015) e dos manuais de escrita de Alicia Rasley (2008) e Luiz Antonio de Assis Brasil (2019), efetuando-se a operação de fabulação implicada nas montações transformistas no próprio corpo da tese. |