Inunditos como um modelo sedimentar: identificação na área do Gráben Arroio Moirão (RS)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Lima, Laís Gabrielli
Orientador(a): Mizusaki, Ana Maria Pimentel
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/149406
Resumo: Os depósitos triássicos da Bacia do Paraná no Brasil ocorrem somente no estado do Rio Grande do Sul, mais precisamente, diretamente sobre a porção centro-sul do Escudo Sul-Rio-Grandense entre os paralelos 30º45‟e 31º15‟S e os meridianos 52º45‟e 53º15‟W. Com o objetivo de definir o modelo sedimentar do tipo inundito para os depósitos triássicos contidos no setor nordeste do Gráben Arroio Moirão realiza-se aqui uma abordagem em termos de estratigrafia de sequências. Para tanto, aplicou-se técnicas de mapeamento geológico de rochas sedimentares, levantamento de seis perfis colunares e coleta de amostras de rochas para análises. Com isso, foram definidas dezoito fácies, oito sucessões de fácies, sete superfícies-chave e dois marcadores estratigráficos, o que corroborou com a elaboração do arcabouço estratigráfico para a região de estudo, bem como, com a proposição do modelo deposicional do tipo inundito. As litologias encontradas na região são invariavelmente mal selecionadas, têm grãos angulosos a subangulosos e possuem geometrias em lençóis ou tabulares, características típicas de tal modelo sedimentar. O modelo de inunditos consiste em fluxos subaquosos episódicos progradantes de baixa densidade que com o passar do tempo passam a desenvolver canais efêmeros, que, por sua vez, ocorrem rapidamente por meio de feições rasas e desconfinantes. Há então a etapa transgressiva, quando o nível de base sobe e o fluxo é afogado e, posteriormente, ocorre exposição subaérea. Assim, deposita-se a sequência sedimentar clássica do modelo tipo inundito: a sucessão de fácies granodecrescente ascendente com depósitos tabulares e em lençóis de conglomerados, maciços ou com estratificação cruzada tangencial, intercalados com camadas de arenitos grossos a conglomeráticos, maciços, ou com estratificação cruzada tangencial, por vezes com intraclastos argilosos, seguidos por depósitos tabulares e em lençóis de arenitos de granulometria média a grossa, maciços ou com estratificação cruzada tangencial, cruzada tabular ou plano‐paralela, podendo também conter intraclastos argilosos. Quando há o desconfinamento, depositam‐se arenitos muito finos a finos com laminação plano‐paralela de fluxo superior, maciços ou com estratificação cruzada de baixo ângulo. Após, têm-se os depósitos tabulares de siltitos e lamitos com laminação plano‐paralelo ou maciço, com intercalações de níveis micáceos e feições de exposição subaérea no topo.