Trabalho, conflitos e solidariedades : ordem e desordem na doca das frutas (Porto Alegre/RS – 1940-1953)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Furini, Vinicius Reis
Orientador(a): Mauch, Cláudia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/249858
Resumo: A dissertação pretende investigar, por meio de inquéritos policiais e processos criminais, as relações sociais estabelecidas na Doca das Frutas entre diferentes sujeitos e grupos sociais. A Doca das Frutas aparece no começo da década de 1940 na região central de Porto Alegre, através do comércio de frutas, cujos comerciantes vindos do interior do estado acabaram fixando-se no local. Em pouco tempo, a Doca das Frutas acabou se expandindo, transformando-se em uma "vila de malocas" de grandes proporções, sendo amplamente discutida pelo poder público, imprensa e sociedade. A sua localização central possibilitou que fossem observadas as relações nem sempre harmoniosas entre diferentes sujeitos e grupos sociais naquele espaço urbano, suas concepções éticas e morais em relação ao trabalho, suas variadas formas de resistência, as fronteiras tênues que demarcavam o trabalho e a contravenção, moral e imoral, ordem e desordem. A Doca das Frutas foi representada como espaço de vadiagem, local onde as práticas sociais e os espaços de sociabilidade e lazer populares seriam tidos como perdição para o trabalhador ordeiro e disciplinado. Assim, pretende-se analisar a coexistência entre a ordem e o trabalho com a desordem e a vadiagem e suas implicações sociais, raciais e de gênero.