Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Nichele, Fernanda Severo |
Orientador(a): |
Waquil, Paulo Dabdab |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/36396
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Resumo: |
A agroindústria familiar rural surge como uma alternativa na busca de novos nichos de mercados, utilizando-se da maior diversidade de produtos e da diferenciação dos produtos através da transformação dentro da propriedade. Sua implantação é considerada uma alternativa eficaz como política de Desenvolvimento Rural, mas com todos os esforços, existem muitas limitações neste setor, principalmente da legislação sanitária. O objetivo deste estudo é analisar a agroindústria familiar rural, como as regras são construídas dentro da comunidade e aceitas pelos próprios agricultores, quanto à realidade produtiva, às leis e às normas que qualificam a produção agroindustrial. A Teoria das Convenções baseia-se no reconhecimento mútuo e coletivo da qualidade ampla do produto, e foi utilizada para explicar como funcionam as interações entre produtores com relação às regras de produção ou “modos de fazer” no processo produtivo. Foram entrevistadas 14 agroindústrias na Região Metropolitana de Porto Alegre, nos municípios de Porto Alegre, Viamão, Gravataí e Glorinha. Este estudo caracterizou-se por uma pesquisa exploratória, cuja coleta de dados foi feita através de formulário semi-estruturado, diário de campo e dados secundários. Foi feita análise de conteúdo e análise quantitativa de dados. A construção dos mercados e das regras que os regem, mesmo com o cumprimento das normas legais, vem de dentro do processo e com a colaboração de todos os atores: produtores, consumidores e instituições apoiadoras do setor. A incorporação de novas práticas e de um consumidor mais informado e atuante trouxe uma realidade de maior interação, onde a construção do mercado é feita por todos os atores, e estes também utilizam do prévio conhecimento uns dos outros para atestar a qualidade dos produtos e de tudo que compõe o mercado, consolidando assim, uma rede de interações baseada também na confiança. Mesmo com garantias legais, como os selos e os alvarás da inspeção sanitária, a garantia baseada na confiança é a mais importante, aliada à efetiva qualidade dos produtos. A qualidade é construída e vista nas agroindústrias não só como um processo físico, mas também contando com aspectos sociais e culturais e considerando o esforço pessoal na confecção dos produtos, a dedicação, a tradição e os “modos de fazer” artesanal, que trazem o toque especial colonial. Utilizam-se das boas práticas na produção à medida que seu capital para investimento pode atender, prezando pela qualidade (apresentação e sanidade dos produtos), e compartilham essas premissas tanto com colegas de feira e associação, quanto com os consumidores. As convenções nas agroindústrias existem e são seguidas pelos produtores e supervisionadas por seus consumidores, onde todos contribuem e coletivamente as constroem, trocando informações, fiscalizando e sugestionando mudanças. Os produtores demonstram grandes esforços em prosperar e desenvolver, mas é necessário que exista apoio governamental e institucional para divulgação, qualificação e adequação da legislação para a agricultura familiar. |