Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Lima, Michelle de Souza |
Orientador(a): |
Henriques, João Antonio Pêgas |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/199526
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Resumo: |
A resposta de dano ao DNA (DDR) é um conjunto de vias capazes de orquestrar o manejo de lesões no DNA provocadas por agentes endógenos ou exógenos. A ativação da DDR pode ocorrer em células tumorais em resposta ao tratamento com fármacos quimioterápicos. Neste cenário, após o reconhecimento do dano e transdução do sinal, diversos mecanismos podem ser ativados nas células, como a parada no ciclo celular, o reparo do dano, a autofagia, ou a morte celular. Em casos nos quais os danos não são suficientes para levar à morte da célula tumoral, a ativação das outras vias pode levar à resistência ao fármaco. Desta forma, uma modulação destas respostas pode auxiliar na investigação das causas da resistência e otimizar o efeito dos quimioterápicos no tratamento de tumores. Neste trabalho, demonstrou-se a ativação da DDR por dois fármacos pertencentes ao grupo das Ecteinascidinas (ETs), trabectedina (Yondelis®) e lurbinectedina (PM01183). A fim de se investigar o efeito da modulação do início da DDR, foram utilizados inibidores das vias das cinases ATM e ATR em células de câncer cervical e de câncer de ovário tratadas com as ETs. Foi encontrado que somente a inibição dual das cinases pode reduzir de maneira expressiva a viabilidade destas células. Em células de câncer cervical, esta redução na viabilidade ocorre por diminuição na formação de foci de proteínas do início da DDR (γH2AX e MDC1) e de proteínas do reparo por recombinação homóloga (BRCA1 e Rad51). O aumento no número de mitoses aberrantes também foi encontrado nas mesmas condições de tratamento, confirmando a necessidade de inibição dual de ATM e ATR para a sensibilização destas células. Nesta tese também se investigou o papel da autofagia em células de câncer colorretal tratadas com oxaliplatina (Ox) em condições de baixa disponibilidade de glicose. A baixa concentração de glicose é uma característica presente no microambiente tumoral que pode conferir resistência às terapias convencionais. Ao compararmos células tratadas em baixa ou alta concentração de glicose, foi encontrado um aumento na ativação da autofagia, acompanhado de uma maior sobrevivência celular em células tratadas com Ox em baixa glicose. O papel da autofagia nesta possível resistência à condição de baixa glicose foi analisado por modulação 12 gênica e farmacológica. Encontrou-se que o silenciamento do gene ATG7, essencial para o via autofágica, reduziu a ativação de autofagia em células tratadas em baixa glicose, porém não foi suficiente para reduzir a viabilidade celular, indicando que o mecanismo de resistência à baixa glicose é parcialmente independente da autofagia. Entretanto, em células tratadas com o indutor de autofagia rapamicina, foi encontrada uma queda na viabilidade celular, sugerindo que a super estimulação da autofagia pode ser uma ferramenta na sensibilização de células de câncer colorretal ao tratamento com Ox. Assim, a modulação da DDR e da via autofágica, vias que são ativadas na presença de quimioterápicos, pode ser uma ferramenta válida para a sensibilização de células de câncer e conferir uma melhor resposta ao tratamento. |