A inflamação uterina interfere na luteogênese da égua?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Löf, Henrique Kurtz
Orientador(a): Mattos, Rodrigo Costa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/246217
Resumo: Após a ovulação do folículo ovulatório na égua, ocorre a formação do corpo lúteo (CL). Esta glândula endócrina transitória é responsável pela produção de progesterona (P4), necessária para a manutenção da gestação. O objetivo deste trabalho foi verificar a dosagem de P4 plasmática após inseminação com duas concentrações espermáticas, infecção experimental, infusão de leite desnatado e querosene no início da fase lútea. Nossa hipótese sugere que durante a formação do CL, inflamações uterinas de diferentes severidades provocam diminuição da concentração de P4 plasmática nos primeiros dias de diestro. Para tal, foram utilizadas 100 éguas que foram rufiadas diariamente e o crescimento folicular monitorado por palpação retal e ultrassonografia. Ao se detectar comportamento de estro e folículo dominante (> 35 mm) com redução do grau de edema uterino as éguas receberam 1500 UI de hCG (Dia -1). Após 24hs da indução da ovulação (Dia 0) as éguas foram palpadas e as que continuaram com folículo dominante foram distribuídas aleatoriamente em cada um dos seguintes grupos inflamatórios: STREPTO – infundidas com Streptococcus zooepidemicus no D0; INF-D1 – infundidas com querosene no dia da ovulação (D1); INF-D3 – infundidas com querosene 2 dias após a ovulação (D3); IA-100 – inseminadas com 100 X 106 de espermatozoides no D0; IA-1000 – inseminadas com 1 X 109 de espermatozoides no D0; LEITE – infundidas com leite desnatado no D0; CONTROLE – sem infusão. Desde a comprovação da ovulação (D1) foi realizada coleta de sangue e repetida a cada 24 horas, por seis dias, para verificar a dosagem de P4 plasmática. Observa-se que as éguas dos grupos STREPTO, INF-D1 e IA-100 apresentaram uma diminuição significativa da concentração plasmática de P4 entre D3 e D6 em relação ao CONTROLE. Já as éguas dos grupos INF-D3, IA-1000 e LEITE não se diferenciaram do CONTROLE. O processo inflamatório durante a formação do CL pode ter resultado num efeito sub-luteogênico, interferindo na formação do CL e consequentemente nos níveis de P4 plasmática. Os resultados observados permitem afirmar que a hipótese sugerida foi confirmada. O grau de inflamação no momento da formação do CL afeta a concentração de P4. Conclui-se que inflamações durante a formação do CL afetam a concentração plasmática de P4.