Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Silva, Natália Caldeira |
Orientador(a): |
Rodrigues, Jonas de Almeida |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/248336
|
Resumo: |
O desgaste dentário erosivo (DDE) é definido como um processo químico-mecânico que leva a perda cumulativa de tecido dental duro sem o envolvimento de bactérias. O DDE é multifatorial, sendo a exposição a ácidos a sua maior causa. Os provadores de vinho profissionais (PVP) são muito suscetíveis ao DDE devido à alta frequência de exposição da superfície do esmalte dentário ao vinho. Alguns fatores protetores podem estar presentes em indivíduos que não têm DDE ou o têm em menor severidade. Foi sugerido que isso pode ser explicado pelas diferenças no meio bucal ou no esmalte. Assim sendo, a película adquirida do esmalte (PAE) pode ter um papel importante neste processo, por formar uma interface entre a superfície dentária e a cavidade bucal, reduzindo fricção e abrasão, também agindo como uma barreira semipermeável, a qual interfere no processo de mineralização/desmineralização, modulando a precipitação mineral e a aderência de microorganismos a superfície dentária. O objetivo deste estudo in vivo foi comparar o perfil proteico da película adquirida do esmalte (PAE) formada em PVP com desgaste dentário erosivo leve e moderado e de pacientes não PVP, sem desgaste dentário erosivo. Vinte e dois voluntários (3 GWL, 9 GWH e 10 GC) participaram do estudo e foram avaliados clinicamente de acordo com o Basic Erosive Wear Examination (BEWE). Os voluntários foram divididos em 3 grupos: 1) Grupo Vinho Leve (GWL) – 3 voluntários, PVP com BEWE 8); 2) Grupo Vinho Alto (GWH) – 9 voluntários, PVP com BEWE 9; 3) GC - Grupo controle – 10 voluntários, sem DDE, não PVP. Após profilaxia, foi permitido que a PAE se formasse por 120 min, a qual foi coletada com papéis filtro de eletrodos mergulhados em ácido cítrico a 3%. As amostras armazenadas em criotubos de 2 mL e mantidas a -80°C até o processamento. Após, foram processadas para análise proteômica em um espectrômetro de massas (nLC-ESI-MS/MS). Um total de 412 proteínas foram identificadas, sendo que 44 eram comuns a todos os grupos. O perfil proteômico da PAE foi diferente entre os grupos. O número de proteínas exclusivamente encontradas em GWL, GWH e C foram 101, 105 e 126, respectivamente. Das exclusivamente encontradas em GWL, a maioria foram sobretudo proteínas de membrana. Na análise quantitativa, quando comparado GWL com GWH, as proteínas mais expressas foram Squalene monooxygenase e Neutrophil defensins 1 e 3, enquanto as menos expressas foram Haptoglobin, seguida de Hemoglobin subunit alpha, Immunoglobulin heavy constant gamma 1, Hemoglobin subunit beta, delta, epsilon and gama-2, Immunoglobulin kappa constant, Albumin isoform CRA k, Serum albumin e Serotransferrin que também estavam diminuídas, porem em menores taxas. Concluiu-se que grandes alterações no perfil proteico da PAE foram identificadas no grupo GWL quando comparado ao GWH. Além disso, foi a primeira vez que a Squalene monooxygenase foi identificada na PAE, e esteve 26 vezes aumentada no grupo GWL quando comparado ao GWH. Estes achados podem revelar um papel na resistência ao DDE observada no GWL |