Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Lançanova, Andriéli Aparecida Salbego |
Orientador(a): |
Ramos, José Geraldo Lopes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/233310
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: Déficits na capacidade de produção de força muscular e na manutenção do tônus podem contribuir para o desenvolvimento de disfunções dos músculos do assoalho pélvico (MAP), como por exemplo, a incontinência urinária (IU). A International Continence Society (ICS) recomenda, como estratégias avaliativas desses déficits, a palpação digital vaginal quantificada pela Escala de Oxford Modificada e a perineometria, que avalia a pressão de contração dos MAP. Entretanto, as evidências não são claras em relação ao grau de correlação entre essas duas estratégias avaliativas, que se utilizadas em conjunto poderão fornecer dados com maior segurança para o avaliador. OBJETIVO: Revisar sistematicamente os estudos que buscaram explorar a correlação entre a perineometria e a Escala de Oxford Modificada para avaliação da contratilidade dos MAP de mulheres continentes e com algum tipo de IU. METODOLOGIA: Utilizamos como fonte de pesquisa as bases de dados: MEDLINE (by PubMed), EMBASE, Cochrane CENTRAL, Scopus, SciELO e LILACS. Estudos observacionais que avaliaram mulheres continentes e/ou incontinentes e correlacionaram os valores obtidos da perineometria com os da Escala de Oxford Modificada foram incluídos. Os valores das correlações foram analisados quantitativamente por meio da meta-análise. O risco de viés foi avaliado pela Downs and Black Scale e o nível de força da evidência através da GRADE. O protocolo foi registrado no PROSPERO (CRD42021253775). RESULTADOS: Seis estudos que correlacionaram as estratégias avaliativas de perineometria e Escala de Oxford Modificada foram selecionados e classificados com qualidade metodológica de moderada a alta. A correlação entre perineometria e Escala de Oxford Modificada foi medida pelo modelo de efeito randômico para os seis estudos, e houve uma alta correlação positiva (r=0,74; 95%-IC 0,61-0,83; I²: 81%, p<0,01). Na análise de subgrupos, 3 estudos com mulheres continentes revelaram alta correlação positiva entre as estratégias avaliativas (r=0,80; 95%-IC 0,62-0,90; I²: 89%, p<0,01), enquanto 2 estudos com mulheres incontinentes revelaram uma moderada correlação positiva (r=0,64; 95%-IC 0,48-0,75; I²: 0%, p=0,40). Com base na abordagem GRADE, a qualidade da evidência foi baixa devido aos itens relacionados ao risco de viés, heterogeneidade e a resultados inconsistentes dos estudos. CONCLUSÃO: Embora, os métodos de avalição sejam diferentes e busque-se representar os valores de força muscular de forma mais quantitativa no meio científico, ao encontrarmos correlações que variaram de moderada a alta, entende-se que a perineometria e a Escala de Oxford Modificada, quando aplicadas de forma padronizada, possuem boa confiabilidade para fornecer dados referentes a funcionalidade dos MAP, além da grande empregabilidade na prática clínica. Porém, devido à baixa força de recomendação desta evidência, nossos resultados devem ser observados com cautela e novos estudos com melhor qualidade metodológica devem ser conduzidos para evidências mais robustas dos achados. |