Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Barbosa, Lia Janaina Ferla |
Orientador(a): |
Ramos, José Geraldo Lopes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/196843
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Resumo: |
Introdução: Um dos papéis do assoalho pélvico feminino (AP) é o de controlar a continência urinária. Alterações na sua função e estrutura do AP podem causar as disfunções do assoalho pélvico. Dentre estas a incontinência urinária (IU) é mais comumente relatada e afeta um terço das mulheres adultas e gera impacto significante na qualidade de vida (QV) destas, incluindo a função sexual (FS). Dentre as possibilidades de tratar a IU de forma conservadora, o Treinamento dos Músculos do Assoalho Pélvico (TMAP) deve ser recomendado como intervenção de primeira linha de tratamento para mulheres com tal sintoma. Tal treinamento pode ser desenvolvido em grupo, individual e em domicílio, bastando que seja prescrito e executado de 6 a doze semanas para demonstrar tal eficácia. Apesar disso ainda são escassos na literatura estudos envolvendo o TMAP, de aplicação em grupo e em domicílio, que tenham protocolos bem definidos e que sejam de fácil entendimento e reprodução por parte das pacientes. Objetivo: Demonstrar a efetividade de um protocolo de TMAP aplicado em grupo comparando-o a um protocolo de TMAP em domicílio, para mulheres com IU. Metodologia: O estudo propõe um delineamento experimental do tipo ensaio clínico randomizado cego e segue as recomendações do CONSORT. A amostra foi não probabilística por conveniência, com número mínimo de 28 mulheres em cada grupo, obtido no cálculo amostral. Foram elegíveis para o estudo mulheres de 30 a 70 anos, com IU e que tiveram relação sexual nos últimos 6 meses. Assim como não ter realizado ou estar em tratamento de radioterapia pélvica e/ou quimioterapia, não ter realizado parto nos últimos doze meses, não ter participado de TMAP de forma individual ou em grupo nos últimos 6 meses, aceitar participar do estudo e assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Foram excluídas caso tivessem alergia ao látex, não compreender os instrumentos utilizados na pesquisa e ter contração dos MAP (músculos do assoalho pélvico) grau zero (0). A avaliação foi constituída por uma ficha de anamnese, a avaliação da funcionalidade dos MAP foi realizada pelo aparelho biofeedback pressórico e a palpação vaginal, sendo este o desfecho primário. Para avaliar o desfecho secundário foi utilizado o International Consultation on Incontinence Questionnaire (ICIQ-SF), que avaliar o impacto da IU na QV, e o Pelvic Organ Prolapse/Urinary Incontinence Sexual Questionnaire (PISQ-12) que para avalia a FS. A análise estatística foi realizada através do teste Shapiro-Wilk para verificar a normalidade dos dados. A análise descritiva dos dados paramétricos foi expressa em média e desvio padrão e dos não-paramétricos em mediana e intervalo de confiança (IC). As variáveis qualitativas foram expressas em frequência absoluta e relativa. Resultados: Com doze semanas de tratamento o protocolo TMAP em grupo apresentou-se como uma forma mais efetiva de tratamento, para a IU, pois demostrou melhora nos itens Power e QV. Quando observamos a efetividade dos protocolos, após 24 semanas, ambos foram efetivos ao que se refere somente aos desfechos secundários, QV e FS. Conclusão: Portanto, pode-se supor que a intervenção em grupo se constitui numa estratégia fisioterapêutica factível e viável de intervenção, sendo capaz de beneficiar um maior número de mulheres com IU, além de ser uma ferramenta de fácil entendimento e reprodução por parte das pacientes |