Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Ritzel, Júlio Arnhold |
Orientador(a): |
Silva, Silvana |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/278715
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Resumo: |
Os estudos enunciativos têm ampliado consideravelmente a diversidade de seus focos de atenção, o que promoveu uma grande amplitude aos trabalhos na área. Uma dessas atenções mais recentes repousa sobre a diversidade das línguas e sua relação com o falante. O presente trabalho, portanto, busca contribuir para a discussão dessa preocupação atual. Para isso, trilha-se um caminho teórico que começa nas investigações iniciais de Ferdinand de Saussure (2004, 2012), concentra-se nos estudos enunciativos de Émile Benveniste (2005, 2006, 2014) e culmina na leitura antropológica proposta por Valdir Flores (2013, 2015, 2019). A partir dessas contribuições, constrói-se uma proposta metodológica embasada na Antropologia da Enunciação, que consiste na análise de trechos da obra autobiográfica A língua absolvida, de Elias Canetti (2010), selecionados por conterem comentários escritos sobre experiências pessoais com a(s) língua(s), momentos em que o falante usa a língua para falar sobre a própria língua, em um esforço metalinguístico. Como conceitos fundamentais da análise são consideradas a autorreferência, a intersubjetividade, a significância, a autointerpretância e a metalinguagem e, como conceitos operacionais, contemplam-se as noções de contorno de sentido, modalização e atitude linguística. E, a partir das análises, é possível perceber como a diversidade das línguas, no plural, contribui para a construção da universalidade da língua, no singular, dentro do ponto de vista particular do falante. Ao longo da obra analisada, o autor-narrador demonstra um processo de (des)construção de sua percepção pessoal acerca das línguas – e, consequentemente da língua –, que resulta em um posicionamento mais social e democrático. Assim, destacam-se e se discutem pontos relevantes para a constituição do homem na língua, bem como da língua no homem. |