Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Sommer, Natalia Pinheiro |
Orientador(a): |
Marques, Cláudia Calegaro |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/276163
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Resumo: |
O parasitismo é um hábito de vida especializado que desempenha um papel de extrema importância nos processos evolutivos que acontecem no planeta. Estudos sobre helmintofauna requerem várias análises, desde um estudo sobre o hospedeiro definitivo abordando aspectos ecológicos, comportamentais e alimentares, até o enfoque nos hospedeiros intermediários e seus hábitos de vida. A ave Calidris canutus rufa (Scolopacidae) realiza migrações tanto para o norte quanto para o sul das Américas e sua alimentação é baseada principalmente em invertebrados (moluscos, crustáceos e insetos) o que sugere uma grande potencialidade para participar como hospedeiro definitivo em sistemas parasitários. Além disso, as aves que são migratórias estariam mais expostas a uma variedade de parasitos, já que habitam diversos ambientes durante o seu ciclo anual de migração. O objetivo desse trabalho foi identificar os helmintos encontrados em Calidris canutus rufa e determinar índices parasitários (prevalência, abundância média de infecção, intensidade média de infecção). No total, 32 aves foram analisadas e destas, 25 (78,12%) estavam parasitadas com ao menos uma espécie de helminto, que pertenciam aos grupos: Digenea, Cestoda, Acanthocephala e Nematoda. Os digenéticos apresentaram uma prevalência de 65,62%, cestoides com 56,25% e acantocéfalos e nematoides com 34,38%. No total, foram identificadas três espécies: Tanaisia dubia, Haematotrephus limnodromi (Digenea) e Skrjabinoclava bakeri (Nematoda); cinco gêneros: Himasthla, Levinseniella, (Digenea), Viktorocara, Tetrameres (Nematoda) e Profilicollis (Acanthocephala) e uma superfamília Trichinelloidea. Os gêneros mais prevalentes foram: Himasthla (Digenea) com 65,5%, Nadejdolepis (Eucestoda) com 50% e Profilicollis (Acanthocephala) com 34,37%. Outra análise realizada foi em relação a preferência alimentar do hospedeiro, retratando suas principais presas consumidas nos seus locais de reprodução, invernada e locais de parada. Percebemos que sua fonte alimentar varia conforme o habitat que se encontra, mas é formada basicamente por moluscos (bivalves e gastrópodes), crustáceos marinhos e alguns pequenos insetos. Nossos resultados mostraram que diversos helmintos compõem a helmintofauna de C. c. rufa e que eles utilizam os invertebrados como seus hospedeiros intermediários. Com isso, os hábitos alimentares e migratórios do maçarico-do-papo-vermelho influenciaram na composição da fauna helmintológica encontrada no hospedeiro. Nos últimos anos ocorreu um aumento importante nos estudos relacionados à biodiversidade dos seres vivos, mas os parasitos, geralmente, recebem menos atenção, pois, muitas vezes, são relacionados a ambientes sujos ou a doenças. Na tentativa de mudar essa visão negativa que a maioria das pessoas tem em relação aos parasitos, o Laboratório de Helmintologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Labhelm/UFRGS) desenvolveu atividades voltadas para a divulgação científica. Através disso, uma página na rede social Instagram foi desenvolvida para que pudéssemos divulgar as pesquisas realizadas dentro do nosso laboratório. |