Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Chiodi, Alexsander Dugno |
Orientador(a): |
González, Rodrigo Stumpf |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/257656
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Resumo: |
Apesar da derrota de Bolsonaro no segundo turno do pleito de 2022, a eleição de deputados federais representantes de uma nova geração política que reproduzem o conservadorismo autoritário brasileiro presente no discurso do ex-presidente reforçam que a substituição de grupos geracionais parece não ser o suficiente para garantir a substituição relevante de valores na cultura política brasileira. Assim, o problema que guia essa pesquisa é: Houve uma mudança no padrão de valores políticos resultando no incremento da presença de valores conservadores e autoritários na juventude brasileira no século XXI? O objetivo geral é verificar se a dinâmica dos padrões de valores políticos da juventude brasileira aponta para o aumento da presença de valores conservadores e autoritários no século XXI. Os objetivos específicos são 1. desenvolver um índice de autoritarismo; 2. averiguar o impacto de fatores explicativos demográficos na diferença de padrões de valores; 3. compreender se a mudança ou continuidade da dinâmica dos valores políticos prevalentes na juventude podem representar uma ameaça ao futuro da democracia no Brasil. Nesse sentido, as hipóteses propostas para esse trabalho são: H1) O padrão de valores predominantes na juventude brasileira não apresenta grandes transformações ao longo dos últimos vinte anos, mas o eventual acirramento de valores pré-existentes; H2) Houve um processo de expansão de valores conservadores e autoritários na juventude brasileira, principalmente na última década; H3) O incremento da presença de valores conservadores e autoritários na juventude brasileira no século XXI indica potenciais riscos ao futuro do sistema democrático no país. A metodologia utilizada é quantitativa por meio do método de pesquisa tipo survey, com uso de dados de três pesquisas empíricas conduzidas pelo Núcleo de Pesquisa sobre América Latina (NUPESAL), vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Ciência Política da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, aplicadas nas três capitais da região sul do Brasil com jovens estudantes do ensino médio entre 13 e 24 anos. Os resultados indicam que o padrão de valores predominantes na juventude brasileira não apresenta grandes transformações ao longo dos últimos vinte anos, nem a inauguração de um movimento político novo nem de dinâmicas que não estavam em movimento. Ao mesmo tempo, indica que houve o crescimento constante dos valores autoritários na juventude, associados à desilusão como o sistema político, seus atores e suas instituições, o crescimento da negação da política como ferramenta efetiva para a solução dos problemas sociais e estruturais do país. A tenacidade desses valores nas novas gerações sugere que a eleição de Bolsonaro pode não ter sido a última de um candidato que obtenha sucesso em sistematizar os valores autoritários na próxima conjuntura favorável, e dar cabo das aspirações antidemocráticas que seriam recebidas com a aprovação de uma parcela considerável dos cidadãos brasileiros. |