O comunitarismo de Michael Walzer e as interfaces com a educação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Godoy Junior, Valdy José
Orientador(a): Martini, Rosa Maria Filippozzi
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/70589
Resumo: Na pesquisa pedagógica, é comum que a articulação conferida entre filosofia e educação ocorra a partir de pressupostos conceituais amplos, aquilo que convencionou-se chamar de ideal de formação. Nesse sentido, caberia a outras áreas a responsabilidade de investigar temas afeitos à educação escolarizada, tais como o currículo ou avaliação. O objetivo da Tese é problematizar esse pressuposto trabalhando na ideia de uma filosofia que emerja da escola, de uma filosofia conectada. Para tanto, utiliza-se como sustentação teórica a filosofia comunitarista de Michael Walzer. O comunitarismo, enquanto filosofia política, opõe-se ao liberalismo filosófico, pois crê, em oposição a este, que a vida boa deve ser perspectivada em cada contexto específico e a partir da prática cotidiana dos indivíduos. No entanto, a filosofia comunitária não possui um corpo de doutrina unificado e para as pretensões do texto de articular escola e filosofia, utiliza-se a obra de Walzer e seus diversos conceitos no sentido de sustentar a ideia de uma boa escola alicerçada na cidadania democrática, participação e protagonismo das crianças e adolescentes. Defende-se que o comunitarismo de Walzer possui como paradigma o conceito de filosofia prática e nesse sentido todos os demais temas investigados pelo autor, tais como pluralismo, sociedade civil, tolerância, justiça distributiva, comunidade, crítica social e moralidade, estão todos ancorados no ideal de uma filosofia focada no real. Segue-se essa intuição básica, portanto, para a elaboração de vinte proposições que consolidem uma ideia de comunitarismo voltado à educação, ou mais apropriadamente, um comunitarismo voltado à escola, com o propósito de oferecer alternativas a um quadro de desarraigamento comunitário – especialmente urbano – cada vez mais proeminente.