Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Miller, Tácia Borges de Oliveira |
Orientador(a): |
Teixeira, Luciana Barcellos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/284790
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Resumo: |
Introdução: Dissertação desenvolvida a partir da execução do Programa Saúde com Agente (PSA), que ofertou formação técnica para Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e Agentes de Combate às Endemias (ACE) em todo o país. A ênfase da pesquisa é a produção de conhecimentos sobre os agentes de saúde que atendem populações predominantemente ribeirinhas e os desafios nos processos de trabalho - um trabalho com muitas especificidades, cuja produção de cuidado é desafiada, cotidianamente, pelos ciclos das águas. Objetivo: Caracterizar os profissionais que atendem populações ribeirinhas no Brasil, participantes do Programa Saúde com Agente, apresentando os desafios relacionados à atuação profissional. Metodologia: O componente quantitativo é estudo transversal que caracteriza os trabalhadores que atendem população predominantemente ribeirinhas. O componente qualitativo retrata a perspectiva das ACS acerca dos desafios relacionados à sua atuação profissional no atendimento a estas populações, e foi desenvolvido a partir de estudo de campo registrado em diários de campo, gravações de vídeos e captura de imagens, a partir das experiências de visitas in loco realizadas pela pesquisadora. Resultados: Participaram da formação quase 200.000 agentes de saúde, dos quais 619 eram trabalhadores que atendiam população predominantemente ribeirinha, sendo 573 ACS e 46 ACE. A concentração destes trabalhadores ocorre na região Norte (75,6%, p< 0,001). Majoritariamente, são do sexo feminino (71,1%) com tempo de experiência na APS entre 10 e 20 anos (40,9%). Os principais desafios apontados no atendimento às populações ribeirinhas foram as distâncias e os custos dos deslocamentos. Considerações finais: O perfil dos agentes que atendem comunidades predominantemente ribeirinhas é de trabalhadores com grande experiência na APS. Os desafios corroboram com outros estudos, em questões relacionadas com a geografia e o transporte, impactando diretamente o acesso dos trabalhadores para a realização de visitas domiciliares, e o acesso dos usuários às unidades de saúde. Identificaram-se circunstâncias que potencializam as desigualdades sociais, reforçando a necessidade de viabilização de acessos, e a importância do trabalho dos ACS nestes territórios, como formas de avançar para um SUS mais equitativo, garantindo a saúde como um direito constitucional. Aplicabilidade no campo da saúde coletiva: Compreender as diferentes especificidades dos territórios, em especial das populações atendidas, e das equipes de saúde que atuam em diferentes locais é salutar para criação e implementação de políticas públicas efetivas, que contribuam não apenas com o acesso universal à saúde, mas também com a manutenção do cuidado integral à saúde da população. |