Exergames como mediadores da estimulação de componentes das funções executivas em crianças do ensino fundamental I

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Mossmann, João Batista
Orientador(a): Reategui, Eliseo Berni
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/254037
Resumo: A tese de doutorado intitulada “Exergames Como Mediadores Da Estimulação De Componentes Das Funções Executivas Em Crianças Do Ensino Fundamental I” possui como objetivo compreender de que maneira uma intervenção no ambiente escolar, por meio de um exergame para estimulação cognitiva, pode contribuir com o controle inibitório das Funções Executivas em crianças do Ensino Fundamental I. Neste sentido, foi desenvolvido um exergame para estimular as Funções Executivas, com ênfase no componente controle inibitório, em crianças dos anos iniciais, do Ensino Fundamental, no ambiente escolar. O jogo criado, intitulado de “As Incríveis Aventuras de Apollo e Rosetta no Espaço”, possui sete diferentes atividades lúdicas (mini-games) que possibilitam ao jogador lidar com eventos de controle inibitório. Cada atividade de estimulação possui uma curva de dificuldade associada para realizar a estimulação cognitiva e gerenciar um contínuo crescente de dificuldades executivas. O enredo do jogo comporta uma temática espacial e uma história especificamente elaborada para o público alvo. Após a etapa de avaliação preliminar dos constructos digitais desenvolvidos, foi executada uma intervenção neuropsicológica realizada no ambiente escolar. Assim, de uma amostra inicial de 18 crianças do Ensino Fundamental I, 13 participaram do estudo. Estas foram divididas em dois grupos: experimental e controle. O grupo experimental contou com 7 crianças e o controle com 6. Durante a intervenção as crianças participantes do grupo experimental, receberam a estimulação cognitiva e utilizaram o exergame, já o outro grupo permaneceu na condição controle. Os resultados indicam que o exergame permitiu ao jogador exercitar diferentes desafios e dificuldades regidos por regras. Assim, em um só momento ofertam para o jogador um desafio e os meios para superá-los, além de demonstrarem que, de forma geral, a correlação entre a performance e a dificuldade ocorreu de maneira significativa e positiva. Na comparação dos grupos, por meio de uma bateria de pré e pós-testes para avaliação neuropsicológica, não foram encontradas diferenças significativas. Utilizando as medidas de magnitude de efeito verificou-se que as variáveis medidas do componente alvo da estimulação apresentou magnitude de efeito moderado e grande. Na neuropsicologia o tamanho de efeito tem se tornado mais valorizado, principalmente em estudos de intervenção. Além disso, foi realizada uma analise quali-quantitativa que sintetiza e descreve elementos que indicam o desfecho positivo da estimulação das funções executivas e do controle inibitório. A partir dos resultados da tese, propõem-se alguns direcionamentos para futuros estudos. Embora os resultados positivos com uma amostra reduzida, pode-se desenhar um experimento com um número maior de alunos no ambiente escolar, assim como com grupos clínicos que tenham dificuldades de controle inibitório.