Especificidade de ativos e capacidade tecnológica : uma análise da relação no setor vitivinícola gaúcho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: De Rossi, Greice
Orientador(a): Zawislak, Paulo Antonio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/55138
Resumo: Os limites de uma firma são determinados a partir das capacidades e recursos que esta possui. A firma não poderá desenvolver atividades que necessitem de capacidades e recursos dos quais não dispõe, ao menos que seja capaz de aprimorar tais elementos em sua estrutura. A capacidade tecnológica é o conjunto de habilidades que permitem este aperfeiçoamento e que determina a diferenciação dos recursos da firma, gerando suas especificidades, ou o que chama-se de ativo específico. A capacidade tecnológica e os ativos específicos atuam para que a firma apresente vantagens competitivas e se mantenha atuante frente a um mercado que muda constantemente. Contudo, as diferenças que podem ser percebidas de setor para setor de atividade, ou até mesmo entre firmas de um mesmo setor, são capazes de influenciar a relação entre tais elementos para o desenvolvimento da firma. Com o intuito de analisar a relação entre os ativos específicos e a capacidade tecnológica, foi conduzida uma survey no setor vitivinícola gaúcho. A escolha do setor deve-se a sua busca contínua para expressar a singularidade de suas técnicas através do produto que comercializa, o vinho. Ademais, o setor vitivinícola gaúcho concentra atualmente mais de 90% da produção brasileira de uva e derivados. Foram entrevistadas 221 vinícolas, com vistas a avaliar a especificidade de ativos e a capacidade tecnológica em seus negócios. Após avaliar as variáveis mencionadas, realizou-se testes de análise de regressão para conhecer o comportamento entre as variáveis, a forma como se relacionam no setor. Através dos testes realizados foi possível verificar que como formas de predição, ou seja, o quanto uma variável é capaz de determinar a variância de outra, os ativos específicos e a capacidade tecnológica representam somente 31% deste poder e, que ainda existe uma discreta superioridade de influência da capacidade tecnológica nos ativos específicos. Foi possível também realizar uma análise por tipo de produto, e observou-se que tanto vinícolas que se destacam na produção do vinho de mesa, quanto as que dedicam-se ao vinho fino apresentam níveis de especificidade de ativos e características acerca de sua capacidade tecnológica semelhantes. Os resultados mencionados destacam o potencial que pode ser encontrado no vinho de mesa, com vistas a reduzir as diferenças de qualidade deste produto em comparação ao vinho fino. Este último, já se encontra em um patamar mais elevado de desenvolvimento, no entanto o vinho de mesa também pode ser encarado como um produto de alta qualidade, porém com características distintas e que, na realidade, agradam uma significativa parcela dos consumidores brasileiros.