Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Matos, Jorge Roberto de |
Orientador(a): |
Krause, Maurício da Silva |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/210794
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Resumo: |
O papel da resposta inflamatória crônica de baixo grau na patogênese de várias doenças já está bem demonstrado. Mecanismos de defesa endógenos com ação antiinflamatória podem atenuar estes efeitos prejudiciais e são induzidos num processo dependente da expressão de uma classe de proteínas chamadas de proteínas de choque térmico (do inglês, Heat Shock Proteins, HSP), estimulado pela ativação da resposta de choque térmico (do inglês, Heat Shock Response, HSR), um mecanismo adaptativo primitivo e evolutivamente conservado que desempenha papéis fundamentais na proteostase e na defesa biológica contra diversos fatores citotóxicos. Um dos indutores desta heat shock response, o tratamento hipertérmico, é um método terapêutico que apresenta resultados benéficos na prevenção e tratamento de doenças cardiovasculares e metabólicas por melhorar a sinalização da insulina e por seus efeitos na redução da inflamação. Diversos mecanismos foram sugeridos para explicar como a terapia hipertérmica induz estes benefícios, sendo que uma das hipóteses está relacionada à produção de Óxido Nítrico (NO), induzida pela elevação na temperatura corporal. Este é um radical livre gasoso que participa de diversos mecanismos fisiológicos, tais como o controle da vasomotricidade, sinalização celular, secreção de insulina, captação de glicose e, é claro, indução das HSPs. Considerando este eixo NO-HSP e sua relação na etiologia de doenças inflamatórias, torna-se útil sabermos como se dá a relação temporal entre a indução da heat shock response via NO, identificando melhor este mecanismo, buscando assim, uma melhor estratégia de uso da terapia térmica. Para isso, utilizamos 32 ratos Wistar machos que foram submetidos a tratamento térmico agudo e mortos em diferentes momentos. Avaliamos por imunodetecção, no tecido muscular esquelético, a expressão de HSP70 e seu fator de transcrição (HSF1) e a isoforma endotelial da enzima que catalisa a reação para formação de NO. Como era esperado, o choque térmico resultou numa expressão aumentada de HSP70 que mudou conforme o perfil de fibras do músculo avaliado. Nos mesmos tecidos também calculamos a concentração de nitritos e nitratos totais, como medidor da produção de óxido nítrico. Mostramos uma produção aumentada de NO, que também variou conforme o perfil de fibras do músculo. Nossos dados confirmaram uma resposta do óxido nítrico e das HSP70 com picos de expressão de HSP70 apresentando diferenças temporais nos músculos glicolíticos e oxidativos. No entanto, estudos complementares são necessários para melhor compreensão destes mecanismos. |