Infestação, danos e parasitismo de Noctuidae em milho e influência da idade dos ovos e aprendizado no parasitismo de Trichogramma pretiosum em Spodoptera frugiperda

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Vargas, Camila Corrêa
Orientador(a): Redaelli, Luiza Rodrigues
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/184428
Resumo: O milho é um grão de importância social e econômica no Brasil. No cenário agrícola atual, as sementes de milho cultivadas são principalmente de híbrido convencional, híbrido Bt (transgênico) e, em menor escala, de milho crioulo. No entanto, existe uma grande preocupação, principalmente na agricultura familiar, para o resgate e utilização de variedades crioulas. Os lepidópteros, Spodoptera frugiperda e Helicoverpa zea, são as pragas mais importantes da cultura e o parasitoide de ovos, Trichogramma pretiosum, tem sido empregado no controle destas pragas. Neste contexto, o trabalho objetivou avaliar a campo, danos e infestação da lagarta-do-cartucho e a infestação natural e o parasitismo de ovos e lagartas de H. zea, em três variedades de milho. Em laboratório, estudou-se a influência de três idades dos ovos de S. frugiperda e da aprendizagem no parasitismo de T. pretiosum. O experimento de campo foi conduzido em Santa Maria, RS, período de segunda safra de 2014. O delineamento foi de blocos inteiramente ao acaso, com três tratamentos: Lombo Baio (crioulo), Semilha S395 (híbrido convencional) e Morgan Roudap 30A77 (milho geneticamente modificado, Bt) e quatro repetições. Para avaliação de S. frugiperda, as amostragens foram semanais, dos 9 aos 72 dias após a semeadura Os danos de S. frugiperda foram semelhantes em milho crioulo e convencional, ambos mais elevados que em Bt. A média de posturas e não diferiu entre as variedades, e o número de lagartas foi maior em milho crioulo comparado ao convencional e Bt. Para avaliação de H. zea, as amostragens foram realizadas a cada três dias, do estádio R1 ao R5. Para a espécie, a média de ovos não diferiu entre as variedades, e o número médio de lagartas foi semelhante entre milho crioulo e convencional, ambos superiores ao Bt. Não houve registro de parasitismo em S. frugiperda. Em ovos de H. zea, foi registrado o parasitismo da espécie T. pretiosum. Em testes de laboratório, o número de ovos de S. frugiperda parasitados por T. pretioum foi maior e semelhante nas idades de 24 e 48 horas. Fêmeas sem experiência parasitaram menor número em comparação aquelas experientes por 5, 6 e 24 horas. Fêmeas expostas por 2, 3 e 24 horas parasitaram igual número de ovos. Fêmeas experientes a ovos e extrato de ovos de S. frugiperda foram mais atraídas a estes odores do que ao controle (hexano). A porcentagem de parasitismo de T. pretiosum inexperientes foi maior em ovos de E. kuehniella (hospedeiro de origem) do que em S. frugiperda, no entanto, nas experientes, esta diferença não foi observada.