Impactos do padrão da walkability no perfil de saúde de adolescentes ajustado para cidades de pequeno porte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Bruno, Giancarlo Bazarele Machado
Orientador(a): Silva, Clecio Homrich da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/280799
Resumo: Introdução: A prática de atividade física (movimento corporal produzido pela contração da musculatura esquelética que eleva o gasto energético além do nível de repouso) e a busca por um estilo de vida saudável demonstram ter grande influência do ambiente no qual vivemos. A maioria das crianças e jovens não atende às diretrizes atuais de atividade física (AF), que recomendam 60 minutos de intensidade moderada a vigorosa; um terço dos adultos e 80% dos adolescentes em todo o mundo não atingem níveis recomendados para atividade física. Neste sentido, a região de moradia influencia nas atividades físicas dos escolares, onde a walkability (área apropriada para caminhar, relacionada a fluidez do deslocamento a pé, nas calçadas e travessia) dos bairros influencia esses deslocamentos e na quantidade de atividades físicas. Objetivo: O objetivo geral do presente estudo é analisar associação da walkability com o perfil de saúde de adolescentes do ensino médio do Instituto Federal Farroupilha, RS/Brasil. Além disso, comparar associação da walkability com a Prática de Atividade Física; verificar a associação da walkability com os hábitos alimentares; e compreender a associação da walkability com a violência, segurança e acidentes. Método: Estudo de corte transversal e de base escolar desenvolvido com 802 adolescentes estudantes em um Instituto Federal localizados em cidades de pequeno e médio porte no interior do Rio Grande do Sul. Os fatores do ambiente foram avaliados por meio da Neighborhood Environment Walkability Scale for Youth (NEWS-Y), validada no Brasil. Resultados: De 802 adolescentes com respostas válidas, metade eram meninas e metade meninos. A maior parte da amostra tinha cor da pele branca, 16 anos de idade, eram fisicamente inativas e eram da classe A. As lojas e locais públicos com maior percepção foram os supermercados, com 97%. Os locais de recreação mais reportados foram as praças (94,4%), ao passo que 89,7% da amostra reportou dificuldade de encontrar estacionamento no comércio da vizinhança. Em relação às ruas da vizinhança, a distância entre os cruzamentos de rua foi considerada curta por 81,1%. 80,6% dos respondentes relataram haver grama ou terra entre a rua e a calçada em sua vizinhança e 88,9% relataram que existem vários prédios/casas bonitas na vizinhança. Os itens com maior percepção na segurança da vizinhança e criminal foram o trânsito grande nas ruas e vizinhança (95%), fumaça e poluição ao caminhar (96,3%), crimes (96,8%) e preocupação em caminhar com medo de ser atacado (97%). Conclusões: Esse estudo mostrou que há influência do ambiente no perfil de saúde, onde a o nível de atividade física dos adolescentes onde pelo menos 75% da população é considerada fisicamente inativa e que este indicador está relacionado com o os hábitos alimentares e com ambiente inseguro e violento. Por fim, os resultados dessa pesquisa podem auxiliar no entendimento do ambiente e sua relação multifatorial com a saúde escolar, possibilitando estabelecer diretrizes que orientem políticas adequadas, que influenciem na melhora do ambiente regional das escolas e da saúde escolar dos estudantes.